Conexões (Nov 2020)

Entre rios, mares e piscinas

  • Daniele Cristina Carqueijeiro de Medeiros,
  • Nara Romero Montenegro

DOI
https://doi.org/10.20396/conex.v18i0.8660910
Journal volume & issue
Vol. 18

Abstract

Read online

Introdução: nadar é uma prática com múltiplos significados, que vão desde um ato de sobrevivência até a diversão. A natação enquanto modalidade esportiva se instituiu em algumas capitais brasileiras no período entre o final do século XIX e o início do XX, inicialmente em ambientes naturais como rios e mares, e posteriormente, nas piscinas. Objetivos: esse artigo tem como objetivo analisar e discutir as disputas em torno da legitimidade da natação em rios, mares e piscinas em duas cidades brasileiras, São Paulo e Fortaleza, entre as décadas de 1920 e 1940. Metodologia: trata-se de uma pesquisa histórico-documental que reuniu fontes de jornais, revistas e imagens, bem como publicações produzidas pelos clubes paulistanos. Resultados e discussão: a natação enquanto manifestação de uma cultura física foi promovida nos rios e mares das cidades no início do século XX. Gradualmente, preceitos como a universalidade e controle do tempo, componentes de sua crescente esportivização, foram responsáveis por aproximar essa prática de um novo espaço, as piscinas. Considerações Finais: consideramos que, embora a esportivização tenha se dado de forma mais ou menos semelhante em ambas as cidades, a legitimação dos espaços para a prática da natação foi distinta.

Keywords