Acta Médica Portuguesa (May 2021)

International Consensus on Antinuclear Antibody em Portugal

  • Maria José Sousa,
  • Esmeralda Neves,
  • Otília Figueiras,
  • Ana Paula Cruz,
  • Isabel Fernandes,
  • Alexandra Mendes,
  • Maria do Céu Santos,
  • Rosário Cunha,
  • Lídia Magueijo,
  • Cláudia Pratas,
  • Ana Miranda,
  • Rita Ribeiro

DOI
https://doi.org/10.20344/amp.13121
Journal volume & issue
Vol. 34, no. 5

Abstract

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Introdução: A pesquisa de autoanticorpos em células HEp-2 através de imunofluorescência indireta é o teste padrão atualmente aceite como a ferramenta central para o diagnóstico das doenças autoimunes sistémicas. O International Consensus on Antinuclear Antibody (ANA) Patterns tem como objetivo principal alcançar um consenso na nomenclatura e na descrição dos diferentes padrões morfológicos de anticorpos antinucleares. Este trabalho tem como objetivo ampliar o projeto do International Consensus on ANA Patterns de forma a estabelecer um consenso em Portugal para a sua nomenclatura, procurando contribuir para a harmonização no diagnóstico autoimune e promover a qualidade diagnóstica nas doenças reumáticas sistémicas autoimunes. Material e Métodos: Os laboratórios participantes identificaram cada designação de padrão citoplasmático e nuclear do International Consensus on ANA Patterns (incluindo o código padrão anti-célula), e fizeram corresponder a cada uma a respetiva nomenclatura portuguesa em uso. Os resultados foram agregados e serviram de base ao trabalho de harmonização da nomenclatura. Seguiram-se reuniões de consenso, num processo iterativo até à redação de uma proposta final consensualizada. Resultados: A concordância prévia entre laboratórios era superior a 75% para 23 do total de 29 padrões anti-célula. O grau em que cada laboratório está alinhado com a referência internacional do International Consensus on ANA Patterns varia entre 22,1% e 100%. Foi possível elaborar uma versão consensualizada da nomenclatura do International Consensus on ANA Patterns para Portugal. Discussão: Existia uma boa base de consenso para a nomenclatura do International Consensus on ANA Patterns, mas com diferenças importantes em algumas das traduções da terminologia. O estudo realça a necessidade de colaboração entre laboratórios para uma descrição inequívoca dos resultados laboratoriais. Conclusão: Este trabalho mostra o potencial positivo da colaboração entre laboratórios para gerar consensos que contribuam para a melhoria do diagnóstico e acompanhamento dos doentes.

Keywords