Estudos Internacionais (Sep 2020)

Da ação à reação: O caso chinês na consolidação do monopólio de Elementos de Terras Raras à demanda na Organização Mundial do Comércio

  • Alexandre Cesar Cunha Leite,
  • Mércia Cristina gomes de Araújo,
  • Elia Elisa Cia Alves

DOI
https://doi.org/10.5752/P.2317-773X.2020v8n3p152-173
Journal volume & issue
Vol. 8, no. 3

Abstract

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Qual a estratégia da China em mercados de recursos naturais em que tem grande participação na oferta? A partir de um estudo de caso eminentemente qualitativo, mas com ferramentais quantitativos, tais como índice de poder de monopólio do mercado de Elementos de Terras Raras (ETR), mostramos como a China consolidou-se como monopolista e como reagiu às acusações no sistema internacional de comércio. Os ETR não são terras e tampouco raras, mas caracterizam um importante insumo da cadeia produtiva comercial global, destacando-se, majoritariamente, nos sistemas de controle de mísseis, de defesa e de comunicação. Afinal, qual o interesse da China em obter o controle sobre a cadeia produtiva desse setor? Como o país alcançou isso e quais instrumentos de política industrial e comercial foram empregados? Qual a reação dos outros atores nesse mercado? Sugere-se que o objetivo de monopolizar a cadeia produtiva dos recursos naturais estratégicos de ETR foi em consolidar o poder econômico chinês. Mostramos como a China ocupou uma posição privilegiada no setor, galgando a posição de maior exportador destes elementos e forte poder de monopólio, calculado através de índices de elasticidade-preço da demanda e como foi seu posicionamento no litígio internacional.

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