Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Jun 2001)

Comparação dos Métodos para Diagnóstico da Toxoplasmose Congênita

  • Flávia Cipriano Castro,
  • Mário Jorge Barreto Viegas Castro,
  • Antônio Carlos Vieira Cabral,
  • Geraldo Brasileiro Filho,
  • Ricardo Wagner de Almeida Vitor,
  • Ana Maria Arruda Lana,
  • Gláucia Manzan Queiroz de Andrade

DOI
https://doi.org/10.1590/S0100-72032001000500002
Journal volume & issue
Vol. 23, no. 5
pp. 277 – 282

Abstract

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Objetivo: avaliar a eficácia da reação em cadeia da polimerase (PCR) no líquido amniótico para a detecção da contaminação fetal pelo Toxoplasma gondii em gestantes com infecção aguda e correlacionar com a técnica de inoculação e a histologia da placenta. Métodos: trinta e sete pacientes foram estudadas prospectivamente e o diagnóstico foi baseado na identificação da infecção aguda materna, seguido pela amniocentese guiada pela ultra-sonografia para obtenção de líquido amniótico para a realização de PCR e inoculação em camundongo. As pacientes foram tratadas com espiramicina durante a gestação; se a infecção fetal era demonstrada, pirimetamina e sulfadiazina eram acrescentadas ao esquema. As placentas foram encaminhadas para exame histológico. As crianças foram acompanhadas durante um período que variou de três a 23 meses para a confirmação ou exclusão da toxoplasmose congênita. Resultados: medidas de associação como sensibilidade, especificidade e valores preditivos foram calculadas para a PCR no líquido amniótico, a inoculação em camundongo e a histologia da placenta, mostrando os seguintes resultados: para a PCR, uma sensibilidade de 66,7% e especificidade de 87,1%; os respectivos valores para a inoculação em camundongo foram 50 e 100% e para a histologia da placenta foram 80 e 66,7%. Conclusões: embora a PCR não deva ser utilizada isoladamente para diagnóstico de toxoplasmose congênita, é um método promissor e necessita de maiores estudos para melhorar sua eficácia.

Keywords