Scientific Electronic Archives (Apr 2021)
Compatibilidade físico-química de caldas fungicidas e adjuvantes
Abstract
Os adjuvantes podem melhorar a qualidade das aplicações, porém a interação adjuvante e agrotóxico é um processo complexo, que envolve muitos aspectos físicos, químicos e fisiológicos, e pode variar para cada condição testada. Assim, objetivou-se avaliar a compatibilidade físico-química de caldas fungicidas comumente utilizadas na cultura da soja associadas a diferentes adjuvantes e com a água. O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado (DIC) em esquema fatorial 3 x 5 com quatro repetições, sendo o primeiro fator referente aos fungicidas (Fox®, Orkestra® e Mancozeb Glory®) e o segundo fator aos adjuvantes (Assist®, Aureo®, Nimbus®, Prime® + Prime citrus® e a água). A concentração das caldas foi estipulada adotando-se volume de calda de 100 L ha-1 e a dose recomendada pelos fabricantes. As características avaliadas foram: compatibilidade física (presença ou não de floculação, sedimentação, separação de fases, formação de grumos, separação de óleo, formação de cristais e creme e formação de espuma) e compatibilidade química (pH e condutividade elétrica). As médias dos tratamentos foram comparadas entre si pelo teste de Tukey a 0,05 de significância. Os fungicidas possuem afinidades diferentes com os adjuvantes não sendo possível generalizar as recomendações. A compatibilidade físico-química entre os fungicidas e os adjuvantes avaliados é dependente do período de repouso sendo fundamental a agitação constante antes e durante a aplicação. Na ausência de agitação no tanque de pulverização, o adjuvante Aureo® é mais indicado por manter a homogeneidade física das caldas. A maior redução do pH, bem como o maior aumento na condutividade elétrica das caldas fungicidas foram ocasionados pelos adjuvantes: Prime®+ Prime Citrus®.
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