Boletim de Indústria Animal (Nov 2013)
Composição e qualidade do pólen apícola proveniente de sete Estados brasileiros e do Distrito Federal
Abstract
Foram analisadas 42 amostras de pólen apícola desidratado, procedentes de sete diferentes estados brasileiros (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Sergipe e Bahia) e do Distrito Federal, quanto às propriedades físico-químicas, sujidades macro e microscópicas e microbiológicas, assim como a verificação da embalagem de acondicionamento utilizada. Das embalagens utilizadas para acondicionamento e comercialização do pólen apícola desidratado, 58,82% eram de vidro e 41,18% eram plásticas, com prazos de validade de seis meses a três anos. As sujidades macroscópicas variaram de 0,0% a 25,4% e os contaminantes encontrados foram insetos inteiros e fragmentos de abelhas Apis mellifera, coleópteros da família Anobiidae, larvas e bolotas de própolis. Os elementos microscópicos das sujidades foram algas, ráfides, leveduras e ácaros. Observou-se também o crescimento microbiológico de superfície (fungos). As análises microbiológicas mostraram: 89,29% das amostras com ausência coliforme fecal e 100% negativas para Salmonella sp. Porém, 11,76% das amostras apresentavam índices de bolores e leveduras maiores que 13,0x103 UFC g-1. A partir das análises físico-químicas pôde-se verificar uma ampla faixa de variação nos teores de açúcares totais e teor de lipídios. Considerando os resultados encontrados no presente estudo, verifica-se a necessidade de controle permanente na cadeia de produção e no aprimoramento da legislação brasileira para o controle de qualidade do pólen apícola.