Boletim de Indústria Animal (Feb 2013)

Relações entre consumo alimentar residual, comportamento ingestivo e digestibilidade em novilhas Nelore

  • Elaine Magnani,
  • Cleisy Ferreira do Nascimento,
  • Renata Helena Branco,
  • Sarah Figueiredo Martins Bonilha,
  • Enilson Geraldo Ribeiro,
  • Maria Eugênia Zerlotti Mercadante

Journal volume & issue
Vol. 70, no. 2

Abstract

Read online

Avaliou-se a digestibilidade e comportamento ingestivo em novilhas Nelore pertencentes a duas classes de consumo alimentar residual (CAR) a fim de elucidar as fontes de variação envolvidas nas diferenças de eficiência alimentar observadas entre os animais. Trinta e duas novilhas classificadas em alto CAR (0,491± 0,51 kg de matéria seca/dia; n=15) e baixo CAR (- 0,447 ± 0,51 kg de matéria seca/dia; n=17), com idade média de 502 ± 23,61 dias e peso vivo médio 364 ± 27,96 kg foram mantidas em confinamento por 42 dias, com dieta formulada à base de feno de Tifton 85, milho moído, farelo de algodão e uréia, com relação volumoso:concentrado de 45:55%. Foram avaliados a digestibilidade aparente dos nutrientes e o comportamento ingestivo dos animais. Animais baixo CAR apresentaram maior digestibilidade aparente de matéria seca (DMS), fibra em detergente neutro (DFDN), fibra em detergente ácido (DFDA) e celulose (DCEL) que animais alto CAR (49,14% versus 45,38%; 56,65% versus 49,88%; 49,96% versus 45,08%; 61,61% versus 56,40% para DMS, DFDN, DFDA, DCEL, respectivamente). Esses resultados indicaram que animais mais eficientes têm melhor aproveitamento dos alimentos. Não foram detectadas diferenças nas variáveis de comportamento ingestivo entre as classes de CAR. As variações entre os animais mais e menos eficientes podem ser, em parte, explicadas pela capacidade de digestibilidade dos nutrientes, a qual está relacionada ao comportamento ingestivo dos animais.

Keywords