Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (Dec 1986)

Comportamento da cepa LE de Schistosoma mansoni, após passagem em hospedeiro humano infectado acidentalmente

  • Neusa Araújo,
  • Cecília Pereira de Souza,
  • Emmanuei Pinto Dias,
  • Naftale Katz

DOI
https://doi.org/10.1590/S0037-86821986000400003
Journal volume & issue
Vol. 19, no. 4
pp. 213 – 218

Abstract

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Uma auxiliar de laboratório infectou-se acidentalmente, com cercárias de Schistosoma mansoni, cepa LE, mantida rotineiramente em nossos laboratórios. Decorridos 5 meses, o exame parasitológico de fezes revelou 108 ovos/g . A pacientefoi tratada com oxamniquine, porém a infecção continuou ativa (6 ovos/g). Foi então obtido o isolado SSF mantido no modelo Biomphalaria glabrata - camundongo albino. Os resultados obtidos no estudo comparativo, entre o isolado SSF e a cepa LE, que lhe deu origem, mostraram que a duração do período pré-patente e o índice de infectividade em camundongos, bem como a resposta aos agentes esquistossomicidas (hycanthone, oxamniquine epraziquantel) não apresentaram diferenças estatisticamente significativas. Por outro lado, o número de miracídios obtidos dos intestinos e fígados dos camundongos infectados foi o dobro com a cepa LE, quando comparados com aquele do isolado SSF. Também a variação do peso dos animais foi bastante diferente. Concluiu-se que apenas uma passagem pelo hospedeiro humano não mudou substancialmente as características da cepa estudada.

Keywords