Revista de Saúde Pública (Aug 2007)
Impact of socioeconomic status on Brazilian elderly health Impacto do status socioeconômico na saúde de idosos brasileiros
Abstract
OBJECTIVE: To investigate the impact of socioeconomic status on elderly health. METHODS: The study was based on cross-sectional data from Survey on Health, Well-Being, and Aging in Latin America and the Caribbean. The sample comprised 2,143 non-institutionalized elderly aged 60 years and older living in the urban area of São Paulo, southeastern Brazil. Linear regression models estimated the effect of socioeconomic status indicators (years of schooling completed, occupation and purchasing power) on each one of the following health indicators: depression, self-rated health, morbidity and memory capacity. A 5% significance level was set. RESULTS: There was a significant effect of years of education and purchasing power on self-rated health and memory capacity when controlled for the variables number of diseases during childhood, bed rest for at least a month due to health problems during childhood, self-rated health during childhood, living arrangements, sex, age, marital status, category of health insurance, intake of medicines. Only purchasing power had an effect on depression. Despite the bivariate association between socioeconomic status indicators and number of diseases (morbidity), this effect was no longer seen after including the controls in the model. CONCLUSIONS: The study results confirm the association between socioeconomic status indicators and health among Brazilian elderly, but only for some dimensions of socioeconomic status and certain health outcomes.OBJETIVO: Investigar o impacto do status socioeconômico na saúde de idosos. MÉTODOS: Utilizou-se a base de dados transversal Inquérito sobre a Saúde, o Bem estar o Envelhecimento na América Latina e Caribe. Analisaram-se 2.143 idosos (60 anos ou mais) residentes em domicílios, na área urbana de São Paulo, no ano de 2000. Modelos de regressões lineares estimaram o efeito dos indicadores de status socioeconômico (anos de estudo completos, ocupação e poder de compra) nos indicadores de saúde: depressão, auto-avaliação da saúde, morbidade e capacidade de memória. O nível de significância adotado foi de 5%. RESULTADOS: Observou-se efeito significativo dos anos de estudo e do poder de compra na auto-avaliação da saúde e na capacidade da memória, quando controlado pelas variáveis: número de doenças antes dos 15 anos de idade, ter ficado na cama ao menos por um mês por problema de saúde antes dos 15 anos, auto-avaliação da saúde na infância, arranjos de vida, sexo, idade, estado civil, tipo de seguro de saúde, ingestão de remédios. Somente a capacidade de compra apresentou efeito na depressão. Apesar das análises bivariadas indicarem uma associação entre status socioeconômico e o número de doenças (morbidade), este efeito desapareceu quando os controles entraram no modelo. CONCLUSÕES: Os resultados confirmam a associação entre indicadores socioeconômicos e a saúde dos idosos brasileiros, mas somente entre alguns indicadores e certos aspectos da saúde.
Keywords