Hematology, Transfusion and Cell Therapy (Oct 2023)

ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NO TRATAMENTO DA PÚRPURA TROMBOCITOPÊNICA IDIOPÁTICA COM IMUNOGLOBULINAS

  • DS Melo,
  • ML Almeida,
  • ML Almeida

Journal volume & issue
Vol. 45
pp. S880 – S881

Abstract

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Introdução e objetivos: A púrpura trombocitopênica idiopática (PTI) representa o distúrbio hemorrágico de maior incidência, sendo uma condição adquirida que se caracteriza pela redução das plaquetas no sangue. Além disso, a PTI é caracterizada por apresentar uma elevada taxa de mortalidade e reduzida qualidade de vida em pacientes críticos a longo prazo. Diante disso, não há um teste específico para diagnosticar a PTI, muitas vezes erroneamente associada a outras enfermidades que resultam na redução de plaquetas. Atualmente, o tratamento dessa condição é assegurar que a contagem das plaquetas permaneça em níveis adequados, porém em situações mais severas quando o paciente apresenta hemorragias significativas é necessário utilizar outras terapias, como as imunoglobulinas. A partir disso, é necessário investigar e analisar a importância da assistência farmacêutica no tratamento da PTI utilizando imunoglobulinas. Materiais e métodos: Trata-se de uma revisão da literatura de caráter descritivo e abordagem qualitativa. Para tal, foram realizados buscas nas seguintes base de dados: Biblioteca Virtual em Saúde, PubMed e Google Acadêmico, a partir de combinações estratégicas dos descritores: “Assistência farmacêutica”; “Imunoglobulinas”; “Púrpura trombocitopênica idiopática”. Foram incluídos na pesquisa artigos publicados entre os anos de 2017 a 2022, e excluídos aqueles que fugiam da temática e fora do recorte temporal, restando três artigos para serem discutidos. Resultados: As imunoglobulinas têm sido cada vez mais empregadas para o tratamento de imunodeficiências primárias e secundárias, além de doenças autoimunes como a PTI, elas atuam bloqueando os receptores dos fragmentos cristalizável (Fc) das células do sistema retículo endotelial desencadeando respostas imunes. Discussão: Contudo, percebeu-se que o farmacêutico desempenha um papel notório, desde o diagnóstico até o tratamento da PTI, demonstrando que este profissional está qualificado para interagir com o paciente pré-clínico, coletando informações como histórico de diagnósticos e principalmente ao uso de medicamentos contínuos. Suas contribuições específicas em diferentes fases do tratamento vão desde a seleção adequada da terapia, prevenindo adversidades por meio do monitoramento dos efeitos e interações medicamentosas. Diante disso, a atuação farmacêutica garante a implementação de cuidados que promovam uma evolução clínica positiva do paciente e contribua para a otimização da terapia. Conclusão: O mecanismo de ação da utilização de imunoglobulinas no tratamento de distúrbios autoimunes é complexo e parcialmente compreendido. As apresentações de imunoglobulinas intravenosa e subcutânea disponíveis têm características farmacêuticas distintas, o que pode impactar a segurança e a tolerância em alguns pacientes. Logo, a assistência fornecida pelo farmacêutico é importante devido a relação direta entre o profissional e o paciente, pois ele é o mais acessível à comunidade. Assim, poderá promover uma farmacoterapia embasada alcançando resultados positivos no tratamento da PTI.