Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação (Apr 2017)

Poderá a modernidade educativa dizer-se sem Célestin Freinet? O uso da metáfora agrícola para se pensar em educação

  • Alberto Filipe Araújo

DOI
https://doi.org/10.21723/riaee.v12.n.esp.1.2017.9663
Journal volume & issue
Vol. 12, no. esp.
pp. 564 – 590

Abstract

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Pretende-se compreender no estudo agora oferecido ao leitor o modo como a modernidade educativa, através da obra pedagógica de Célestin Freinet (1896-1966), se diz, ou não, pelo uso das metáforas, particularmente com o uso da metáfora agrícola. Neste contexto, o autor do artigo, predominantemente influenciado pelos estudos de Paul Ricoeur, Daniel Hameline e de Nanine Charbonnel sobre a metáfora tentará entender o modo como a metáfora agrícola se abre, ou não, ao símbolo e, em última instancia, questionar-se sobre a natureza desse mesmo símbolo que parte da metáfora para um nível semântico de natureza mais especulativa que propriamente educacional. Nesta linha de pensamento, a obra pedagógica de Célestin Freinet será analisada, a fim de melhor ilustrar não só o uso massivo da metáfora agrícola, mas também se pretende questionar o sentido hermenêutico educacional desse mesmo uso. Um questionamento que será já uma tentativa de resposta à pergunta inicial e que se pretende, desde logo, aberta e incitadora já de novas questões, mesmo que estas gerem um “conflito de interpretações” (Paul Ricoeur).

Keywords