Estudos de Psicologia (Campinas) ()

A falta da falta e o objeto da angústia

  • Maria Angélica Augusto de Mello Pisetta

DOI
https://doi.org/10.1590/S0103-166X2009000100011
Journal volume & issue
Vol. 26, no. 1
pp. 101 – 107

Abstract

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Pretende-se, com este artigo, discutir a especificidade do objeto da angústia, declarado como inexistente por Freud. Com a formulação teórica estabelecida por Lacan em 1962/1963 de um objeto conceitual que escapa a toda significação e apreensão imaginária, essa discussão tomou novos contornos. Trata-se do conceito de objeto a, um objeto constituído de pura falta, decorrente de uma insatisfação. Este texto desenvolveu-se a partir da concepção da perda do objeto de satisfação, citada por Freud como mítica. Intenta-se também aproximar o conceito de objeto a dos conceitos de "estranho" e "familiar", relacionados por Freud em 1919 ao conceito da angústia, considerando-se a declaração lacaniana da proximidade do que é familiar na vivência deste conceito.

Keywords