Ilha do Desterro (Jun 2016)

Altjeringa e didgeridoo: dispositivos identitários australianos na espacialidade polifônica de Priscilla, a rainha do deserto, de Stephan Elliott

  • Jorge Alves Santana

DOI
https://doi.org/10.5007/2175-8026.2016v69n2p127
Journal volume & issue
Vol. 69, no. 2
pp. 127 – 138

Abstract

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Priscilla, a rainha do deserto (1994), filme australiano de Stephan Elliott, expressa de modo socioestético um panorama de dispositivos produtores de subjetividades contemporâneas na Austrália. Observaremos, nesse estudo, alguns aspectos da produção de tais subjetividades, nas possíveis mobilidades transversais, dispostas nas relações tensionadas pelas espacialidades - em seus lugares e não-lugares, espaços lisos e estriados (AUGÉ, 1992; 1997; 2006; DELEUZE, 1997) - percorridas pelo trio de protagonistas que, na viagem de Sidney a Alice Springs, encontra-se com uma comunidade aborígene no coração do Outback. Entre a Altjeringa e o didgeridoo, acompanharemos esse encontro entre identidades homoafetivas e identidades ancestrais que, em certo estrato semântico desse filme, aponta-nos contextos de negociações político-culturais no histórico e imaginativo processo de construção da nação (ANDERSON, 2006), feito pela estratificada sociedade australiana.

Keywords