Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões (Jan 2020)

Factibilidade da gastrectomia vertical aberta no Sistema Único de Saúde.

  • Carolina Mantovani de Oliveira,
  • André Tha Nassif,
  • Alcides José Branco Filho,
  • Luis Sérgio Nassif,
  • Thaise de Araujo Wrubleski,
  • Alice Pavanatto Cavassola,
  • Roberta Vaz Pintan

DOI
https://doi.org/10.1590/0100-6991e-20192351
Journal volume & issue
Vol. 46, no. 6

Abstract

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RESUMO Objetivo: analisar as características clínicas e epidemiológicas, as complicações pós-operatórias e a perda de peso em pacientes submetidos à gastrectomia vertical por via convencional, em uma instituição de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS). Métodos: estudo transversal, longitudinal, retrospectivo realizado a partir da coleta de dados de prontuários para análise de variáveis em pacientes submetidos à gastrectomia vertical aberta, no SUS, no período de julho de 2013 a janeiro de 2017. Resultados: foram analisados 296 pacientes operados no período do estudo, dos quais 54% eram do sexo masculino; a média de idade foi de 39,9 anos ±11,4; o índice de massa corporal (IMC) médio no pré-operatório foi de 43,5kg/m² e no pós-operatório, de 30,3kg/m²; a perda de excesso de peso foi de 73,6%; 83,24% apresentaram uma perda de excesso de peso maior do que 50%; o IMC pré-operatório foi maior no grupo com perda de peso menor do que 50%. Observou-se uma taxa de complicações precoces com necessidade de internamento de 5,4% e um índice de mortalidade de 1%. Conclusão: a gastrectomia vertical aberta é uma técnica segura e eficaz para a perda de peso e que pode ser mais realizada no SUS. Dentre as variáveis avaliadas, o IMC prévio foi a única relacionada com o sucesso pós-operatório.

Keywords