Intexto (May 2024)

Don’t go with the flow ou pelo direito de ser infeliz: o contra-flow queer como recurso afetivo em jogos digitais

  • Lucas Goulart,
  • Henrique Caetano Nardi,
  • Adriana da Rosa Amaral

DOI
https://doi.org/10.19132/1807-8583.56.136474
Journal volume & issue
Vol. 0, no. 56
pp. 1 – 23

Abstract

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Este artigo tem como objetivo realizar uma crítica aos usos dochamado flowpresente no game design. Composto como uma importante teoria responsável pordefinir o que é um bom jogo, o flowfoi uma ferramenta desenvolvidapara possibilitaruma experiência otimizante e produtora de felicidade. Contudo, essa experiência apresenta substratos ideológicos que acabam porcolocá-lacomo uma ferramenta de continuidade do sistema vigente, que deve permanecer acrítica. Utilizando-se de mecânicas originalmente compostas para o flowe da crença de jogadores/as nesse contexto, cenas avant gard queerestadunidenses compõem o contra-flow: uma proposta de perturbação da diversão escapista apresentadapelo flowmainstream, utilizando-se de posições subjetivas históricas das comunidades LGBTQ e feministas para criar sentimentos de angústia, frustração e tristeza. Essas produções revelam-secomouma proposição crítica do flow, demonstrando suas relações ideológicas e políticas.

Keywords