Biota Amazônia (Apr 2014)

SÍNTESE DAS CARACTERÍSTICAS DA ORDEM CROCODYLIA, FATORES DE INFLUÊNCIA EM ESTUDOS POPULACIONAIS E ASPECTOS DE SELEÇÃO E USO DE HABITAT PARA <i>Caiman crocodilus</i> E <i>Melanosuchus niger</i> NO ESTADO DO TOCANTINS, BRASIL

  • André Costa Pereira,
  • Adriana Malvasio

DOI
https://doi.org/10.18561/2179-5746/biotaamazonia.v4n1p111-118
Journal volume & issue
Vol. 4, no. 1
pp. 111 – 118

Abstract

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Este estudo objetivou apresentar uma síntese das características dos crocodilianos (Ordem Crocodylia), com enfoque nas espécies de ocorrência (Caimancrocodilus e Melanosuchusniger) no entorno do Parque Nacional do Araguaia e do Parque Estadual do Cantão, Estado do Tocantins, Brasil. Também, foi abordado aspectos de influência na seleção e uso de habitat por crocodilianos e fatores ambientais de interferência nas populações. Levantamentos populacionais de crocodilianos foram executados nos anos de 2010, 2011 e 2012 entre períodos de cheias e secas, com contagens de animais, registro dos microhabitats (leito, vegetação marginal, vegetação flutuante, praia e vertente) e coleta das temperaturas do ar e da água e nível fluviométrico. Contabilizou-se 2922 animais divididos 1029 C. crocodilus e 450 M. niger. Foi observado maiores ocorrências de indivíduos na vegetação marginal (55,3%), onde ambas as espécies possuíram afinidades. Para as duas espécies, somente a Classe II obteve preferência, sendo para vegetação marginal. Tal ambiente possivelmente proporciona maior disponibilidade de alimento, proteção e refúgio aos crocodilianos, no entanto, outros fatores podem influenciar no uso do habitat. Diferentemente de outros estudos, temperaturas do ar e da água não tiveram correlação com o número de animais avistados, contudo o nível fluviométrico correlacionou negativamente com a população de crocodiliano estudada. Ademais, outros fatores ambientais de influência aos crocodilianos são abordados para conhecimento. Palavras-chave: Parque Nacional do Araguaia, Parque Estadual do Cantão, vegetação marginal, nível fluviométrico. DOI: http://dx.doi.org/10.18561/2179-5746/biotaamazonia.v4n1p111-118