Pistis & Praxis: Teologia e Pastoral (Sep 2022)

Rm 10,5-15

  • Leonardo Agostini Fernandes

DOI
https://doi.org/10.7213/2175-1838.14.002.DS04
Journal volume & issue
Vol. 14, no. 2

Abstract

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As Sagradas Escrituras fascinam milhões de pessoas e sobre elas há dedicação e empenho nos estudos por parte de exegetas, teólogos bíblicos, sociólogos, antropólogos, arqueólogos etc. Enquanto alguns trabalham a partir dos textos em línguas originais (Hebraico, Aramaico e Grego), outros se valem de traduções em vernáculo. Fato é que uma tradução, por mais fiel que procure ser, de certa forma, já é uma interpretação devido à escolha da terminologia da língua de destino, a qual nem sempre é capaz de alcançar a polissemia do texto na língua original. O prólogo do livro do Eclesiástico já apontava para isso. Então, por mais que os tradutores se esforcem e procurem ser “imparciais”, existem pressupostos hermenêuticos que dificilmente são deixados de lado no ato de traduzir. Não há, por assim dizer, uma tradução totalmente objetiva. Neste sentido, o presente artigo se propõe a oferecer uma tradução segmentada de Rm 10,5-15 a partir do grego koiné com o qual foi escrito, seguida de uma análise sintático-gramatical, buscando verificar a lógica interna da terminologia empregada na elaboração das proposições, permitindo que a tradução seja a mais condizente possível com o sentido original. Além disso, o artigo submete o texto em questão, do ponto de vista metodológico, à análise retórica greco-latina e semítica, pois em Rm 10,5-15 existem várias citações e alusões a textos veterotestamentários. Acredita-se que a adoção desses procedimentos é válida para se obter uma tradução mais condizente com a língua original e com os sentidos que foram pretendidos pelo autor.