Revista de Saúde Pública (Oct 2010)

The epidemiologic paradox of low birth weight in Brazil La paradoja epidemiológica del bajo peso al nacer en Brasil O paradoxo epidemiológico do baixo peso ao nascer no Brasil

  • Antônio Augusto Moura da Silva,
  • Leopoldo Muniz da Silva,
  • Marco Antonio Barbieri,
  • Heloísa Bettiol,
  • Luciana Mendes de Carvalho,
  • Valdinar Sousa Ribeiro,
  • Marcelo Zubaran Goldani

Journal volume & issue
Vol. 44, no. 5
pp. 767 – 775

Abstract

Read online

OBJECTIVE: To examine whether the low birth weight (LBW) paradox exists in Brazil. METHODS: LBW and cesarean section rates between 1995 and 2007 were estimated based on data from SINASC (Brazilian Live Births Database). Infant mortality rates (IMRs) were obtained using an indirect method that correct for underreporting. Schooling information was obtained from census data. Trends in LBW rate were assessed using joinpoint regression models. The correlations between LBW rate and other indicators were graphically assessed by lowess regression and tested using Spearman's rank correlation. RESULTS: In Brazil, LBW rate trends were non-linear and non-significant: the rate dropped from 7.9% in 1995 to 7.7% in 2000, then increased to 8.2% in 2003 and remained nearly steady thereafter at 8.2% in 2007. However, trends varied among Brazilian regions: there were significant increases in the North from 1999 to 2003 (2.7% per year), and in the South (1.0% per year) and Central-West regions (0.6% per year) from 1995 to 2007. For the entire period studied, higher LBW and lower IMRs were seen in more developed compared to less developed regions. In Brazilian States, in 2005, the higher the IMR rate, the lower the LBW rate (p=0.009); the lower the low schooling rate, the lower the LBW rate (p=0.007); the higher the number of neonatal intensive care beds per 1,000 live births, the higher the LBW rate (p=0.036). CONCLUSIONS: The low birth weight paradox was seen in Brazil. LBW rate is increasing in some Brazilian regions. Regional differences in LBW rate seem to be more associated to availability of perinatal care services than underlying social conditions.OBJETIVO: Identificar la presencia de la paradoja de bajo peso al nacer (BPN) en Brasil. MÉTODOS: Las tasas de BPN y de cesárea, de 1995 a 2007, fueron estimadas a partir del Sistema de Informaciones sobre Nacidos Vivos. Las tasas de mortalidad infantil fueron calculadas por métodos indirectos, con corrección para subregistro. La tasa de escolaridad fue obtenida de datos de censos. Las tendencias de la tasa de bajo peso al nacer fueron evaluadas utilizándose modelos de regresión joinpoint. Las asociaciones entre la tasa de bajo peso al nacer con otros indicadores fueron evaluadas por regresión lowess y correlación de Spearman. RESULTADOS: En Brasil, las tendencias en la tasa de BPN fueron no lineares y no significativas: la tasa disminuyó de 7,9% en 1995 a 7,7% en 2000, aumentando a 8,2% en 2003, y permaneciendo estable en 8,2% en 2007. Mientras, las tendencias variaron en las regiones brasileras: hubo aumentos significativos en el Norte (2,7% por año), de 1999 a 2003, y en el Sur (1,0% por año) y Centro-Oeste (0,6% por año), de 1995 a 2007. Las tasas de BPN fueron más altas y las tasas de mortalidad infantil más bajas en las regiones más desarrolladas en comparación con las menos desarrolladas. En 2005, cuanto más elevada la tasa de mortalidad infantil, menor fue la tasa de BPN (p=0,009); cuanto más alta la tasa de baja escolaridad, menor la tasa de BPN (p=0,007); cuanto mayor el número de lechos de terapia intensiva neonatal por 1000 nacidos vivos, más elevada la tasa de BPN (p=0,036). CONCLUSIONES: La paradoja del BPN fue detectado en Brasil. La tasa de BPN está aumentando en algunas regiones brasileras. Diferencias regionales en la tasa de BPN parecen estar más relacionadas con la disponibilidad de asistencia perinatal que con las condiciones sociales.OBJETIVO: Identificar a presença do paradoxo do baixo peso ao nascer (BPN) no Brasil. MÉTODOS: As taxas de BPN e de cesárea, de 1995 a 2007, foram estimadas a partir do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos. As taxas de mortalidade infantil, foram calculadas por métodos indiretos, com correção para sub-registro. A taxa de escolaridade foi obtida de dados censitários. As tendências da taxa de BPN foram avaliadas utilizando-se modelos de regressão joinpoint. As associações entre a taxa de BPN com outros indicadores foram avaliadas por regressão lowess e correlação de Spearman. RESULTADOS: No Brasil, as tendências da taxa de BPN foram não lineares e não significantes: a taxa caiu de 7,9% em 1995 para 7,7% em 2000, aumentando para 8,2% em 2003 e permanecendo estável em 8,2% em 2007. Entretanto, as tendências variaram nas regiões brasileiras: houve aumentos significantes no Norte (2,7% por ano), de 1999 a 2003, e no Sul (1,0% por ano) e Centro-Oeste (0,6% por ano), de 1995 a 2007. As taxas de BPN foram mais altas e as taxas de mortalidade infantil mais baixas nas regiões mais desenvolvidas do que nas menos desenvolvidas. Em 2005, quanto mais elevada a taxa de mortalidade infantil, menor foi a taxa de BPN (p = 0,009); quanto mais alta a taxa de baixa escolaridade, menor foi a taxa de BPN (p = 0,007); quanto maior o número de leitos de terapia intensiva neonatal por 1.000 nascidos vivos, mais elevada foi a taxa de BPN (p = 0,036). CONCLUSÕES: O paradoxo do BPN foi detectado no Brasil. A taxa de BPN está aumentando em algumas regiões brasileiras. Diferenças regionais na taxa de BPN parecem estar mais relacionadas à disponibilidade de assistência perinatal do que às condições sociais.

Keywords