Revista Brasileira de Epidemiologia (Mar 2013)

Quedas e fraturas entre residentes de instituicoes de longa permanencia para idosos

  • Giovani Firpo Del Duca,
  • Danielle Ledur Antes,
  • Pedro Curi Hallal

DOI
https://doi.org/10.1590/S1415-790X2013000100007
Journal volume & issue
Vol. 16, no. 1
pp. 68 – 76

Abstract

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OBJETIVO: Investigar a ocorrência de quedas e fraturas no último ano e fatores associados entre residentes de instituições de longa permanência para idosos (ILPI). MÉTODOS: Estudo transversal exploratório, a partir de um censo realizado em ILPI localizadas em Pelotas, Rio Grande do Sul, em 2008. As quedas e fraturas decorrentes dessas foram investigadas a partir de autorrelato referente ao último ano. Sexo, idade, escolaridade, incapacidade funcional para atividades básicas da vida diária, tipo de financiamento da instituição e hospitalização no último ano foram coletados como potencias fatores associados à ocorrência de queda no último ano. Empregou-se o teste qui-quadrado para heterogeneidade e tendência linear e, na análise ajustada, a regressão de Poisson com variância robusta. RESULTADOS: Nas 24 ILPI incluídas no estudo, coletaram-se dados de 466 indivíduos. A prevalência de quedas no último ano foi de 38,9% (IC95%: 34,5 - 43,4). Dentre aqueles que caíram, as fraturas acometeram 19,2%. As fraturas mais frequentes foram: fêmur/quadril (43,3%) e punho (10%). Na análise ajustada, o avanço da idade, apresentar incapacidade funcional em uma a cinco atividades da vida diária, residir em instituições públicas/filantrópicas e ter sido hospitalizado no último ano associaram-se à queda no último ano. CONCLUSÃO: A alta ocorrência de quedas e fraturas entre residentes de instituições de longa permanência para idosos revela a fragilidade da população avaliada. Atenção específica deve ser destinada a indivíduos mais velhos e hospitalizados no último ano.

Keywords