Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia (Jun 2015)

Efeito da iluminação constante sobre a placenta de ratas: um estudo morfológico, morfométrico e histoquímico

  • F.C.A. Silva,
  • A.A.C. Teixeira,
  • V.W. Teixeira

DOI
https://doi.org/10.1590/1678-4162-7726
Journal volume & issue
Vol. 67, no. 3
pp. 698 – 706

Abstract

Read online

A presente pesquisa analisou o efeito da iluminação constante sobre a estrutura placentária de ratas, abordando parâmetros morfológicos, morfométricos e histoquímicos. Vinte ratas albinas foram submetidas aos seguintes tratamentos: 12hL/12hE por 60 dias, e acasaladas em seguida (GI); ausência de luz por 60 dias, e acasaladas em seguida (GII); iluminação constante por 60 dias, e acasaladas em seguida (GIII); iluminação constante por 60 dias, acasaladas em seguida e tratadas com melatonina (GIV). O estímulo luminoso foi em torno de 400 lux. A melatonina foi administrada na água (400mg/mL de etanol). Os resultados mostraram que histologicamente o GII apresentou vacuolização das células do trofospongio. Morfometricamente, o GIII apresentou camada do labirinto com redução no número de trofoblastos sinciciais e maior vascularização materno-fetal, hiperplasia e hipertrofia das células trofoblásticas gigantes, uma maior média da área total do disco placentário; porém, na camada de trofospongio, as células trofoblásticas e trofoblastos sinciciais não diferiram nos grupos experimentais. As placentas do GIV foram semelhantes às do GI. Histoquimicamente não houve alterações nas fibras colágenas, elásticas, reticulares e glicosaminoglicanas ácidas. Em conclusão, a iluminação constante promove alterações morfológicas e morfométricas na placenta de ratas, podendo acarretar redução funcional e restrições ao crescimento fetal. Essas alterações são abolidas pela reposição de melatonina.

Keywords