Revista Brasileira de Educação Médica (Nov 2023)

Perfil do egresso médico de uma instituição de ensino superior do Nordeste do Brasil

  • Ricardo Eustáquio Magalhães,
  • Ivana da Ponte Melo,
  • Maria Helena Marques Magalhães,
  • Abel Brasil Ramos da Silva,
  • Raquel Autran Coelho Peixoto,
  • Arnaldo Aires Peixoto Junior

DOI
https://doi.org/10.1590/1981-5271v47.4-2022-0363
Journal volume & issue
Vol. 47, no. 4

Abstract

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Resumo Introdução: Nos últimos anos, ocorreu um aumento da quantidade de faculdades médicas no Brasil, e, concomitante a isso, houve a ampliação do interesse em melhorar a qualidade do ensino na Medicina. Um questionamento resultante dessa mudança é se esse aumento de faculdades de Medicina implicará a formação de profissionais capazes de atender às demandas da sociedade contemporânea. Uma forma de responder a esse questionamento é conhecer o perfil dos egressos das instituições. Objetivo: Este estudo teve como objetivo avaliar o perfil dos egressos médicos formados em uma instituição de ensino superior do Nordeste do Brasil. Método: Realizou-se um estudo transversal do tipo pesquisa de campo com abordagem quantitativa. Egressos do curso de Medicina de uma instituição de ensino superior, formados no período de 2012-2019, foram avaliados por meio de um questionário enviado via e-mail, com perguntas de múltipla escolha. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da instituição. Resultado: Analisaram-se 127 questionários, o que corresponde a uma taxa de resposta de 13,8%, e o sexo feminino predominou ao representar 67,7% da amostra. O conhecimento sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais durante a graduação foi relatado por 24,2% dos participantes. A maioria dos egressos demonstrou satisfação com o curso realizado e sentimento de preparo para atuação profissional como generalista. Em relação à residência médica, 90,5% dos egressos realizaram esse tipo de programa de especialização. A atuação profissional dos egressos na Estratégia Saúde da Família e no Sistema Único de Saúde (SUS) foi identificada em 66,9% e 84,3%, respectivamente. Sentimento de aptidão e de habilidade para lidar com educação em saúde, gestão da saúde e atenção à saúde da população foi identificado na maioria dos egressos. Conclusão: Identificamos uma boa satisfação ao final do curso e um sentimento de confiança para atuação profissional na maioria dos egressos. Aperfeiçoamento por meio de residência médica é um objetivo frequente entre os egressos. O SUS é um campo de trabalho para a maioria destes. Além disso, aptidões recomendadas pelas Diretrizes Curriculares Nacionais foram percebidas pelos egressos ao final da graduação. Futuros trabalhos com amostras maiores e multicêntricos são necessários para a avaliação do perfil dos egressos no Brasil.

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