Anais Brasileiros de Dermatologia (Jun 2010)

Avaliação dos efeitos adversos clínicos e alterações laboratoriais em pacientes com acne vulgar tratados com isotretinoína oral Evaluation of clinical adverse effects and laboratory alterations in patients with acne vulgaris treated with oral isotretinoin

  • Maria de Fátima de Medeiros Brito,
  • Iara Pessoa Sant'Anna,
  • Juliana Cordeiro Souza Galindo,
  • Lígia Helena Pessoa de Melo Rosendo,
  • Josemir Belo dos Santos

DOI
https://doi.org/10.1590/S0365-05962010000300006
Journal volume & issue
Vol. 85, no. 3
pp. 331 – 337

Abstract

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FUNDAMENTOS: A isotretinoína oral revolucionou o manejo da acne. Os efeitos adversos observados, durante o tratamento, são divididos em dois grupos: mucocutâneos e sistêmicos. Anormalidades laboratoriais, principalmente, as dislipidemias e aumento das enzimas hepáticas são relatados. OBJETIVO: Avaliar a tolerabilidade da isotretinoína oral, com atenção, no metabolismo lipídico, função hepática e reações adversas clínicas. MÉTODOS: Foram incluídos 150 pacientes com diagnóstico clínico de acne submetidos a tratamento com isotretinoína oral. Avaliações clínicas e laboratoriais foram feitas, após um mês e a cada três meses, até completar o tratamento. RESULTADOS: Dos 150 pacientes 48% eram do sexo feminino e 52% do sexo masculino. A idade variou de 15 a 32 anos. Quanto aos efeitos adversos cutâneos e mucosos da isotretinoína, queilite foi o mais frequente, ocorrendo em 94% pacientes. Efeitos clínicos sistêmicos foram bem menos comuns. Os níveis de colesterol, triglicerídeos, transaminases, foram avaliados e não mostraram alterações significativas, ao longo do tratamento. CONCLUSÃO: Os pacientes apresentaram efeitos adversos, compatíveis com os da literatura, e, em sua maioria, controlados com medicações sintomáticas. Podemos concluir que a isotretinoína é uma droga segura, em relação a seus efeitos adversos, tanto clínicos como laboratoriais.BACKGROUND: Oral isotretinoin therapy has completely changed the treatment of acne. The clinical adverse effects of isotretinoin are classified into two groups: mucocutaneous and systemic toxic. Laboratory alterations such as dyslipidemia and increase of hepatic enzymes are reported. OBJECTIVES: To evaluate the tolerability of oral isotretinoin with special attention to lipid metabolism, hepatic function, and clinical adverse reactions. METHODS: 150 patients clinically diagnosed with acne being treated with oral isotretinoin were included in the study. Clinical and laboratory evaluations were conducted before the start of therapy, one month after, and every three months thereafter until the completion of treatment. RESULTS: Of the 150 patients evaluated, 48% were female and 52%, male. They were aged from 15 to 32 years. The most prevalent mucocutaneous adverse reaction associated with isotretinoin therapy was cheilitis, reported by 94% of the patients. Systemic clinical effects were much less common. Cholesterol, triglyceride, and transaminase levels were assessed and significant changes were not observed during treatment. CONCLUSION: Patients showed adverse effects compatible to those described in the literature, which are mostly controlled with symptomatic medication. Isotretinoin is a safe drug and adverse and laboratory effects are well tolerated.

Keywords