Evidência (Dec 2024)

O potencial farmacológico e fitoterápico de plantas medicinais contra a tuberculose no Brasil

  • Ruan Lucas Costa Bastos,
  • Lorena Araújo da Silva Brigel,
  • Rebecca Clara Brasil Leite Mesquita,
  • Lucas Eloy Veras Santos,
  • Thalyson Costa Martins,
  • Eduardo Martins de Sousa

Journal volume & issue
Vol. 24, no. Ed. Especial

Abstract

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A tuberculose (TB) é uma doença de caráter infectocontagiosa causada pelo Mycobacterium tuberculosis, que atinge principalmente os pulmões. Efeitos adversos indesejados, abandono precoce ao tratamento, por conta de sua longa duração, ou até mesmo desenvolvimento de resistência bacteriológica são problemáticas que se destacam no tratamento farmacológico atual contra a TB por isso a utilização de fitoterápicos surgiu como uma possibilidade terapêutica eficiente e prática no Brasil, o que justifica a pesquisa em tela. O uso de plantas medicinais contra a TB no Brasil ocorre principalmente em contextos de influência familiar e sabedoria popular transgeracional e, tendo isso em vista, este estudo possui como objetivo realizar uma revisão de sistemática da literatura para analisar a descrição, eficácia, viabilidade e variabilidade dos fitoterápicos no tratamento contra a TB no contexto brasileiro. Esta pesquisa se caracteriza como uma revisão bibliográfica sistemática feita a partir de bases de dados eletrônicas, como PubMed, BVS e Scielo de janeiro de 2013 a dezembro de 2022. Os estudos apontaram que a utilização de fitoterápicos apresentou-se como uma alternativa próspera no combate à TB por apresentar grande eficácia terapêutica, ser acessível financeiramente e possuir poucos efeitos adversos. Foram identificadas plantas promissoras para a produção de fármacos capazes de agir, simultaneamente, contra a tuberculose e o HIV. Alguns fitoterápicos só têm sua eficácia de forma plena quando utilizados em conjunto com outros vegetais. Apesar dos resultados promissores apresentados pelos estudos, os padrões de utilização clínica dos fitoterápicos medicinais são deficitários e se carece de maiores pesquisas sobre a interação fitoterápico-droga e complicações clínicas.

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