Griot: Revista de Filosofia (Feb 2020)

Breves observações sobre a ideia de esgotamento do quadro-pintura

  • Daniel Marcolino Claudino de Sousa

DOI
https://doi.org/10.31977/grirfi.v20i1.1398
Journal volume & issue
Vol. 20, no. 1

Abstract

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Este artigo parte da análise do Impressionismo, do abstracionismo de Kazimir Malevich e dos penetráveis de Hélio Oiticica para pensar o processo de eliminação das bordas do quadro-pintura. A tese de Oiticica é a de que, no momento em que viveu e atuou, o quadro-pintura passa a prescindir das bordas, derramando-se para fora dele e se constituindo como modus vivendi, eliminando, assim, a noção de um fora e um dentro. Com isso, defende a substituição do espectador pela do participador. Perguntamo-nos se o cinema, com suas bordas móveis, também é tocado por essas mudanças. Para tanto, tomaremos O Cinema Novo e o Cinema Marginal. Por fim, pensamos se a instituição escolar, como herdeira dessas questões, tem se inserido nesse debate e qual tem ou seria seu papel. Nesse sentido, fica a pergunta sobre o que se deve esperar dessa instituição depois da diluição do quadro (das grandes narrativas, das certezas modernas) e das vanguardas históricas.

Keywords