Floresta e Ambiente (Jan 2024)
SISTEMA DE PLANTIO ADENSADO PARA A REVEGETAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS DA MATA ATLÂNTICA: BASES ECOLÓGICAS E COMPARAÇÕES DE CUSTO/BENEFÍC1O COM O SISTEMA TRADICIONAL
Abstract
RESUMO No Estado do Rio de Janeiro um dos maiores problemas na recuperação de encostas tem sido o controle de plantas invasoras como o capim colonião (Panicum maximum), devido ao risco de incêndio que estas representam no período da seca. O sistema de plantio adensado adota conceitos de ecologia de comunidades procurando simular as várias etapas do processo de sucessão. Na sua implantação utiliza alta diversidade por área, alto adensamento e procura manter a proporcionalidade entre espécies de diferentes grupos ecológicos e síndromes de dispersão. Considerando que em estádios mais avançados da sucessão predominam espécies zoocóricas, estas são empregadas em maior proporção. O plantio é efetuado de forma adensada (1 planta/m2) com linhas de plantas pioneiras, seguidas de linhas onde são intercaladas pioneiras e não-pioneiras. Cada não pioneira é cercada por quatro pioneiras que proporcionam sombra adequada para o seu desenvolvimento. Resultados preliminares demonstraram maior sobrevivência das mudas no modelo adensado e redução na ocorrência de perdas por fogo. O adensamento promove rápida cobertura do solo, inibindo o crescimento de invasoras e reduzindo o número de manutenções. O alto custo inicial de instalação da área é compensado no custo final pelo menor número de manutenções (menos de 1 ano), em relação ao método tradicional (4 anos de manutenções).