Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Mar 2005)
Análise ecocardiográfica da função diastólica do ventrículo esquerdo após infarto do miocárdio em ratos Echocardiographyc analysis of the ventricular diastolic function after myocardial infarction in rats
Abstract
OBJETIVO: Avaliar a função ventricular diastólica do ventrículo esquerdo (VE) pelo ecocardiograma (ECO) uma e três semanas pós-infarto agudo do miocárdio (IAM). MÉTODO: Utilizaram-se 19 ratas Wistar com peso médio de 209 gramas. Os animais foram distribuídos em: grupo A, controle (n=7) submetido a ECO e não infartado; grupo B, infartado (n=9), submetido a ECO após uma semana (grupo B1, n=9) e 3 semanas (grupo B3, n=8) do IAM. Três animais morreram no transoperatório e um após o primeiro ECO. Realizou-se anestesia com cetamina (50mg/kg/peso) e xilazina (10mg/kg/peso) intraperitoneal, intubação e ventilação. O IAM foi induzido por ligadura da artéria descendente anterior após toracotomia esquerda. Avaliou-se a função cardíaca por ECO modelo 21275A HP Sonos 1500 com transdutor de 7,5/5,5 MHz e a função diastólica pelo Doppler transmitral com avaliação das ondas A e E, e volume atrial esquerdo (VAE). O IAM foi confirmado por análise histopatológica na terceira semana. RESULTADOS: Não houve diferença significativa na velocidade das ondas E (A=62cm/s, B1=65cm/s, B3=69cm/s) e onda A (A=43cm/s, B1=40cm/s, B3=41cm/s) entre os grupos. Observou-se aumento significativo no VAE grupo A vs B1 e grupo A vs B3 (A=0,05mL vs B1=0,15mL, p=0,04 e A vs B3=0,14mL, p=0,01). Todos os animais apresentaram IAM na terceira semana. CONCLUSÕES: VAE parece ser útil para definição da disfunção diastólica do VE pós-IAM. O VAE pode refletir aumento da pressão diastólica final do VE, secundário à disfunção sistólica e/ou diastólicaOBJECTIVE: To evaluate the diastolic left ventricular function by echocardiography one and three weeks after acute myocardial infarction (AMI). METHOD: Nineteen Wistar rats (mean 209 g) were utilized. After anesthesia with ketamine (50mg/kg) and xylazine (10mg/kg), the left coronary artery was ligated after left thoracotomy to cause myocardial infarction. The animals were divided in two groups: group A (control, n=7) and group B (n=9). Echocardiographic evaluation was undertaken in the control group and one week (B1, n=9) and three weeks (B3, n=8) post-AMI in group B animals. The cardiac function was evaluated using a 21275 A HP Sonos 1500 Echocardiography equipped with 7.5/5.5 MHz transducer. Diastolic function was evaluated by transmitral flow, by analysis of the A wave, E wave and atrial left volume (LAV). Histological specimens were evaluated on third week. RESULTS: There were no differences on E wave analyses (A=62cm/s, B1=65cm/s, B3=69cm/s) or A wave analyses (A=43cm/s, B1=40cm/s, B3=41cm/s) between the groups. There was an increase in LAV; A vs B1 and A vs B3 (A=0.05mL vs B1=0.15mL, p=0.04 e A vs B3=0.14mL, p=0.01). Histological examination confirmed AMI in all animals. CONCLUSIONS: The LAV may be useful to assess the diastolic function in rats with AMI. LAV could reflect increases in left ventricular end-diastolic pressure secondary to systolic or diastolic dysfunction.
Keywords