Griot: Revista de Filosofia (Feb 2022)

O “super-homem” nietzschiano e o “super-humano” transumanista

  • Tiago Xavier

DOI
https://doi.org/10.31977/grirfi.v22i1.2756
Journal volume & issue
Vol. 22, no. 1

Abstract

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Friedrich Nietzsche (1844-1900), aquele que procurou compreender com demasiada profundidade uma tensão interna do sentimento humano, foi o que propôs o “super-homem” como proposta para a superação do homem a partir de uma força oriunda do próprio indivíduo por se encontrar nele mesmo, a fim de transvalorar as dicotomias, erros e preconceitos que negavam a existência em prol da afirmação da mesma. Mais tarde, a proposta de superar o homem, entre outros e sob certo aspecto (anunciada por Nietzsche na segunda metade do século XIX), retorna, só que não mais a partir da ideia de uma força oriunda do próprio indivíduo, mas do aprimoramento deste por meio de aparatos tecnológicos, prometendo fazer do homem um “super-humano”. O presente trabalho pretende apresentar duas propostas para a superação do homem com as suas nuances particulares, passando pela filosofia de Friedrich Nietzsche e do movimento cultural denominado transumanismo. Para tanto, buscar-se-á mostrar que uma das propostas parte da ideia de que o homem deve ser superado, devido a sua decadência refletida na negação do mundo e da vontade dos instintos; a outra parte da ideia de que o homem não é o estágio final da evolução humana, devendo ser superado a partir de aparatos tecnológicos que contribuirão para o aumento das suas capacidades.

Keywords