Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões ()

Perfurações do esôfago

  • Giovanni Antonio Marsico,
  • Dirceo Edson de Azevedo,
  • Carlos Alberto Guimarães,
  • Ivam Mathias,
  • Luiz Gustavo Azevedo,
  • Tao Machado

DOI
https://doi.org/10.1590/S0100-69912003000300009
Journal volume & issue
Vol. 30, no. 3
pp. 216 – 223

Abstract

Read online

OBJETIVO: Estudar as perfurações esofagianas, com ênfase na mortalidade relacionada ao tempo decorrido entre a perfuração e seu tratamento. MÉTODO: Foram estudados 41 casos de perfurações de esôfago tratados no Hospital do Andaraí durante o período de 1987 a 2001. RESULTADOS: Em 19 pacientes (46%), as lesões estavam localizadas no esôfago cervical, 20 (49%) no tórax e dois (5%) no segmento abdominal. Vinte e sete sofreram ferimentos por arma de fogo e dois por arma branca; em sete as lesões foram causadas por procedimentos endoscópicos; em um devido a corpo estranho; em dois por ruptura espontânea; em um por iatrogenia durante artrodese de coluna cervical e em um após pneumonectomia. Quando o tratamento foi realizado nas primeiras 24 horas, a mortalidade foi de 4%. O intervalo entre a perfuração e o tratamento foi menor que 24 horas em 23 pacientes (56%) e acima de 24 horas em 18 (44%). CONCLUSÕES: O fator prognóstico mais importante no tratamento das lesões esofagianas foi o tempo transcorrido entre a perfuração e a instituição do tratamento.

Keywords