Revista Portuguesa de Cardiologia (May 2012)

Percutaneous alcohol septal ablation for hypertrophic obstructive cardiomyopathy: Technical review and long-term clinical and echocardiographic outcomes

  • Sílvio Leal,
  • Guillermo Galeote,
  • Santiago Jiménez-Valero,
  • Ángel Sánchez-Recalde,
  • Pablo Salinas,
  • Alejandro Sáez Ruiz,
  • Luís Calvo Orbe,
  • Francisco Dominguéz,
  • Raúl Moreno,
  • José Luís López-Sendón

Journal volume & issue
Vol. 31, no. 5
pp. 363 – 371

Abstract

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Background: Percutaneous septal ablation by alcohol-induced septal branch occlusion was introduced as a new treatment option in symptomatic patients with hypertrophic obstructive cardiomyopathy (HOCM). Our aim was to evaluate procedural and long-term clinical and echocardiographic outcomes in patients with HOCM treated by alcohol septal ablation (ASA) at our center. Methods: This single-center retrospective study included 14 consecutive HOCM patients undergoing percutaneous ASA (66.4 ± 12.1 years, 71.4% female). At baseline all patients presented persistent symptoms despite optimized medical treatment, left ventricular outflow tract (LVOT) obstruction with a peak gradient >50 mmHg, systolic anterior motion of the mitral valve, and ventricular septal thickness ≥15 mm. ASA was considered successful when the LVOT pressure gradient fell to less than 50% of baseline value. All patients had echocardiographic evaluation at baseline, intraprocedure and at follow-up, and a long-term clinical follow-up (25 ± 38 months) with evaluation of functional class and occurrence of symptoms or cardiovascular events. Results: Percutaneous ASA achieved a 71.4% acute and 85.7% long-term success rate. Peak LVOT gradient decreased from 104 ± 40 mmHg at baseline to 58 ± 30 mmHg intraprocedure (p = 0.03) and 35 ± 26 mmHg at follow-up (p = 0.001); total gradient decrease was 75 ± 43 mmHg. Ventricular septal thickness and mitral regurgitation also presented significant decreases during follow-up (from 24 ± 5 mm to 18 ± 4 mm, p = 0.02, and from grade 2.4 ± 0.6 to 1.4 ± 0.5, p 50 mmHg, movimento sistólico anterior da válvula mitral e espessura do septo interventricular ≥15 mm. A ASA foi considerada bem sucedida quando o gradiente do LVOT diminuiu para menos de 50% do valor inicial. Todos os doentes foram submetidos a avaliação clínica e ecocardiográfica basal, intraprocedimento e durante o seguimento, com avaliação da classe funcional e ocorrência de sintomas ou eventos cardiovasculares a longo-prazo (25 ± 38 meses). Resultados: A ASA percutânea obteve uma taxa de sucesso de 71,4% e 85,7%, respetivamente aguda e a longo-prazo. O gradiente máximo do LVOT diminuiu de 104 ± 40 mmHg basais para 58 ± 30 mmHg intraprocedimento (p = 0,03) e 35 ± 26 mmHg a longo-prazo (p = 0,001); o decréscimo total do gradiente foi de 75 ± 43 mmHg. Também a espessura do septo interventricular e a regurgitação mitral apresentaram uma diminuição significativa durante o seguimento (de 24 ± 5 mm para 18 ± 4 mm, p = 0,02, e de grau 2,4 ± 0,6 para 1,4 ± 0,5, p < 0,001, respetivamente). Uma tendência para a melhoria a longo-prazo da classe funcional NYHA (de 2,6 ± 1,1 to 1,8 ± 1,4, p = 0,09) foi observada. Complicações do procedimento ocorreram em 6,7% dos doentes; duas mortes e um acidente isquémico transitório ocorreram no hospital, não se registando eventos clínicos a longo-prazo. Conclusões: A ASA percutânea é uma terapêutica eficaz para doentes sintomáticos com HOCM, obtendo uma acentuada diminuição do gradiente de pressão do LVOT e melhoria sintomática. Apesar da ocorrência de um número significativo de complicações periprocedimento, o favorável prognóstico a longo-prazo sublinha o potencial da ASA como uma alternativa percutânea à miectomia cirúrgica. Keywords: Hypertrophic obstructive cardiomyopathy, Alcohol septal ablation, Myectomy, Prognosis, Palavras-chave: Cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva, Ablação septal alcoólica, Miectomia, Prognóstico