Boletim do Instituto de Pesca (Nov 2018)
Estudo in vitro e in vivo do dióxido de cloro para tratar Ichthyophthirius multifiliis em jundiá Rhamdia quelen
Abstract
Este estudo avaliou a eficácia do dióxido de cloro no tratamento do jundiá Rhamdia quelen infectado com Ichthyophthirius multifiliis. O experimento foi dividido em duas etapas: in vitro e in vivo. O ensaio in vitro foi conduzido para determinar a menor concentração de dióxido de cloro (ClO2) capaz de imobilizar terontes de I. multifiliis. Peixes parasitados (grau III de severidade) com I. multifiliis foram expostos a banhos de curta (0 mg L-1, 25 mg L-1, 125 mg L-1 e 250 mg L-1 por 1 h) e longa (0 mg L-1, 25 mg L-1, 35 mg L-1 e 45 mg L-1 por 48 h) duração com dióxido de cloro. Dióxido de cloro foi efetivo em imobilizar terontes na concentração mais baixa (25 mg L-1) in vitro. A mesma concentração em banho de longa duração por 48 h reduziu mais do que 50% dos terontes nas brí¢nquias dos peixes. Peixes expostos a banhos de curta duração de 125 mg L-1 e 250 mg L-1 ClO2 apresentaram redução do parasitismo nas brí¢nquias (62%). Pode ser sugerido o uso do dióxido de cloro na concentração de 25 mg L-1 por até 48 h para reduzir mais do que 50% da infestação por I. multifiliis.