Ciência Florestal (Jun 2011)

Variações nos teores de carbono orgânico em função do desmatamento e revegetação natural do solo

  • Sidinei Leandro Klöckner Stürmer,
  • Otavio Bagiotto Rossato,
  • André Carlos Cruz Copetti,
  • Danilo Rheinheimer dos Santos,
  • Ademir Calegari,
  • Betania Brum

DOI
https://doi.org/10.5902/198050983228
Journal volume & issue
Vol. 21, no. 2
pp. 241 – 250

Abstract

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A flutuação no conteúdo de matéria orgânica do solo é severamente afetada pelo uso e manejo do solo. Em solos física e quimicamente frágeis a destruição da vegetação nativa pode levar a diminuição drástica do estoque de carbono. No entanto, solos jovens que apresentam alta resiliência, quando manejados adequadamente, podem recuperar facilmente os valores originais de carbono. O objetivo deste trabalho foi quantificar os teores de carbono orgânico de um Neossolo e um Chernossolo em decorrência de seu uso, em especial após o desmatamento e revegetação natural. Coletaram-se amostras de duas camadas (0-5 e 5-15 cm) em dois solos (Neossolo e Chernossolo) ocorrentes numa pequena bacia hidrográfica com relevo fortemente ondulado, com quatro condições de uso (mata nativa, lavoura nova, lavoura velha e revegetação com capoeira). Avaliaram-se a distribuição granulométrica, a densidade do solo e os teores de carbono orgânico. Os dados foram submetidos à análise estatística considerando um delineamento inteiramente casualizado, num esquema trifatorial (tipos de solos, tipos de usos e camadas amostradas). O estoque de carbono do solo diminuiu após o desmatamento para a inastalação de culturas anuais com baixa adição de resíduos e revolvimento intenso do solo. A revegetação natural das áreas degradadas pelo cultivo convencional recuperou rapidamente o estoque de carbono dos solos, mesmo permanecendo as impressões herdadas da erosão (menor teor de argila) e da aplicação de fertilizantes e corretivos (menor acidez potencial e maior disponibilidade de fósforo e potássio).

Keywords