Téssera (Jul 2019)

"Sou menos/Quando não sou líquida"

  • Sandro Adriano da Silva

DOI
https://doi.org/10.14393/TES-v1n2-2019-47294
Journal volume & issue
Vol. 1, no. 2
pp. 120 – 139

Abstract

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Este artigo pretende uma análise do poema “I”, da obra Alcoólicas (1989), de Hilda Hilst, considerando os elementos de sua configuração poética e presença de uma imaginação simbólica em torno do elemento água em sua face etílica. A arquitetônica do poema e o imaginário fundem-se na captação e expressão da experiência de um sujeito poético solitário que margeia sentidos de dissolvência pela embriaguez da subjetividade lírica diante do imponderável existir. E ainda assim celebra a Vida. É nessa faixa criadora que se situa Alcoólicas, cujos poemas afirmam-se na ubiquidade do arquétipo água – desde sempre apontado como arké, fonte ou origem da vida e da morte – que os nutre no essencial, violento e ambíguo confluir da atividade imaginante da poeta.

Keywords