O milho brasileiro é predominantemente duro (vítreo), e apresenta uma menor digestibilidade do amido em relação aos híbridos (farináceos). Para contornar esta situação, é realizada uma ensilagem, pois a degradabilidade efetiva do amido é maior em milho ensilado do que no milho fresco. O objetivo desta revisão é apresentar os efeitos do armazenamento prolongado da silagem na digestibilidade ruminal in vitro do amido. Um bom material estocado de silagem de milho irá contar com uma rápida queda do pH, favorecendo a fermentação láctica. Quando se prolonga os dias de fermentação de 120 para 240 dias, é observado um aumento da concentração de acetato e lactato, o que pode justificar o aumento gradual da digestibilidade à medida que a fermentação progrediu. Apesar de ser um alimento energético, onde a proteína bruta não apresenta níveis importantes na silagem, esse parâmetro também apresentou aumento em sua concentração com um armazenamento prolongado, sugerindo implicação na formulação da dieta. O prolongamento da ensilagem tem uma relação positiva para a digestibilidade do amido, porém deve- se avaliar o efeito do tempo de armazenamento no desempenho animal.