Ciência Animal Brasileira (Apr 2008)

SÍNDROME DO ESTRESSE EM CATETOS (Tayassu tajacu) SUBMETIDOS À CAPTURA E CONTENÇÃO EM DIFERENTES HORÁRIOS DA MANHÃ EM MOSSORÓ - RN

  • Jael Soares Batista,
  • Francisco Silvestre Brilhante Bezerra,
  • Rodrigo Araújo Lira,
  • Stiwens Roberto Trevisan Orpinelli,
  • Carlos Eduardo Vieira Dias,
  • Andréia Freitas de Oliveira

DOI
https://doi.org/10.5216/cab.v9i1.989
Journal volume & issue
Vol. 9, no. 1

Abstract

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Durante prática de manejo de catetos (Tayassu tajacu), criados em cativeiro no semi-árido do Rio Grande do Norte, é comum, principalmente quando realizada nas horas mais quentes do dia, a ocorrência de óbito após manifestações clínicas de miopatia de captura. Este trabalho objetiva estudar a síndrome do estresse em catetos submetidos à captura e contenção em diferentes horários da manhã. Foram utilizados 35 catetos, separados em sete grupos de cinco indivíduos, que foram avaliados a cada intervalo de uma hora, das seis até as treze horas, gerando sete intervalos (tratamentos). Durante 35 dias em intervalos semanais foram realizados exames clínicos, hematológicos, anatomopatológicos e físico-químicos da carne. Houve aumento significativo (P<0,05) das freqüências cardíaca e respiratória e também da temperatura retal do primeiro ao sétimo tratamento. No exame necroscópico foram observadas hemorragias petequiais do baço e hemorragia equimótica do coração. No exame microscópico observou-se degeneração, necrose e retração de fibras musculares esqueléticas e cardíacas. No físico-químico da carne dos animais com síndrome do estresse foi verificado alto teor de água, além de baixo pH. Conclui-se que a captura e contenção realizadas nas horas mais quentes da manhã no tipo de manejo observado, causam importantes alterações clínicas, resultando em maior freqüência de óbito e alterações físico-químicas da carne.

Keywords