Revista Panamericana de Salud Pública (Dec 2022)

Recadastramento da população residente em Foz do Iguaçu, Brasil, em atendimento à Política de Atenção Primária à Saúde

  • Marília Miranda Forte Gomes,
  • Rebeca Carmo de Souza Cruz,
  • Ana Maria Nogales Vasconcelos,
  • Adriana Izuka,
  • Carmensita Gaievski Bom,
  • Larissa Djanilda Parra da Luz,
  • Kátia Yumi Uchimura,
  • Sandro Terabe,
  • Juan José Cortez-Escalante,
  • Maria Almirón

DOI
https://doi.org/10.26633/RPSP.2022.158
Journal volume & issue
Vol. 46, no. 158
pp. 1 – 10

Abstract

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Objetivo. Apresentar a experiência e os resultados do recadastramento da população residente em Foz do Iguaçu, um município de fronteira localizado no estado do Paraná, Brasil, para atender às diretrizes da Política de Atenção Primária à Saúde (APS) e ao seu novo modelo de financiamento pelo Programa Previne Brasil. Métodos. Utilizando uma estratégia de varredura (amostra de conveniência) para coleta de dados, foram visitados 52 263 domicílios e realizadas 22 710 entrevistas de setembro a novembro de 2019. As entrevistas foram realizadas pessoalmente por 54 agentes comunitários de saúde. Foram coletados dados sobre o domicílio (status de posse da moradia, localização urbana ou rural, tipo de domicílio, material da construção, disponibilidade de rede elétrica e de esgoto, abastecimento de água e destino do lixo) e informações demográficas e de saúde dos moradores. Resultados. O recadastramento revelou que os domicílios eram predominantemente casas próprias, em área urbana, bem edificados e servidos por energia elétrica, rede geral de água e coleta de lixo. Sobre a população recadastrada, 52,8% eram mulheres, 62,5% tinham idade de 15 a 59 anos e 60,0% se autodeclararam brancos. Entre os entrevistados com 15 anos ou mais, 90,0% tinham completado o ensino fundamental. A principal ocupação foi “assalariado com carteira de trabalho”. Ainda, 18,6% dos entrevistados se autodeclararam hipertensos e 7,0%, diabéticos. Conclusões. O recadastramento trouxe informações relevantes para subsidiar o planejamento da APS, assim como iniciativas de assistência social, trabalho e habitação; também foi fundamental para definir estratégias de atenção à saúde nesse município de fronteira durante a pandemia de COVID-19.

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