Revista Portuguesa de Enfermagem de Reabilitação (Nov 2023)

Equilíbrio e marcha de pessoas idosas: avaliação com recurso a tecnologia

  • Patrícia Cristina Ferreira da Assunção Oliveira,
  • Maria Manuela Martins,
  • Mariana Mendes,
  • Lara Vandresen,
  • Bárbara Pereira Gomes,
  • Olga Maria Pimenta Lopes Ribeiro

DOI
https://doi.org/10.33194/rper.2023.338
Journal volume & issue
Vol. 6, no. 2

Abstract

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Introdução: As pessoas idosas sofrem múltiplas alterações no equilíbrio relacionadas com a diminuição da força muscular, alterações multissensoriais e cognitivas que contribuem para ocorrência de quedas, podendo resultar em comprometimento das capacidades funcionais e até a morte. A avaliação do equilíbrio é complexa e envolve causas multifatoriais, na qual o enfermeiro especialista em enfermagem de reabilitação desempenha um papel fundamental, com vista a desenvolver estratégias e intervenções que favoreçam a autonomia e independência dos idosos. Neste seguimento, este estudo tem por objetivo avaliar o equilíbrio e, posteriormente, a marcha de pessoas idosas com recurso a uma tecnologia construída com base no Índice de Tinetti. Metodologia: Realizou-se um estudo quantitativo, do tipo transversal, descritivo e exploratório. Com recurso a técnica de amostragem não probabilística por conveniência, participaram no estudo 119 pessoas idosas de dois lares e um centro de dia do distrito de Braga. A colheita de dados ocorreu no período de janeiro a março de 2018, recorrendo a um questionário para caracterização sociodemográfica e condição de saúde e recurso a uma tecnologia (tapete) para avaliação do equilíbrio e marcha. Resultados: Foram avaliados 119 idosos. A utilização da tecnologia contribuiu para melhorar os movimentos realizados pelos idosos, facilitando a avaliação e interpretação dos resultados em relação ao equilíbrio e marcha pelo enfermeiro especialista em enfermagem de reabilitação. Na avaliação global da marcha com e sem o tapete, o uso do tapete contribuiu para movimentos mais eficazes e com associação estatisticamente significativa (p<0,05), com exceção do movimento pé ante pé. Conclusão: Além de facilitar a avaliação do equilíbrio estático e dinâmico, o uso da tecnologia contribuiu para aperfeiçoar a habilidade da marcha nas pessoas idosas. Ainda que seja necessária a realização de mais estudos, recomenda-se a avaliação do equilíbrio e marcha com recurso a tecnologia.

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