Revista Brasileira de Zootecnia (Apr 2002)
Produtividade e eficiência biológica de sistemas de produção de gado de corte de ciclo completo no Rio Grande de Sul
Abstract
Um modelo estático determinístico, com base em resultados de pesquisas, avaliou por intermédio de simulações, a produtividade e a eficiência biológica de sistemas de ciclo completo de produção de bovinos de corte no Rio Grande do Sul, diferindo na idade das novilhas no primeiro parto (IP, meses) e dos novilhos ao abate (IA, meses): "Sistema Tradicional" (ST) IP48, IA54; "Sistema Melhorado" (SM), IP36, com duas idades de abate, IA36 (SM-I) e IA24 (SM-II); "Sistema Um Ano" (SU), IP24, com três idades de abate, IA36 (SU-I), IA24 (SU-II) e IA18 (SU-III). Para cada um deles foram avaliadas mudanças na taxa de natalidade (TN) entre 50 e 90%. O ST foi baseado em campo nativo. Os outros sistemas introduziram o ajuste da carga sazonal do campo nativo e pastagens nativas melhoradas com espécies hibernais, para as categorias em evolução. A produção de peso vivo (PV) mostrou incrementos decrescentes com a TN, atingindo valores máximos de 73, 97, 129, 116, 149 e 151 kg/ha nos sistemas ST, SM-I, SM-II, SU-I, SU-II e SU-III, respectivamente. A TN ótima aumentou com a IP. A resposta a aumentos na TN entre 50% e o ótimo mostrou uma tendência a crescer, quanto menor for a IA dos novilhos: 23,2% (SU-III), 22,2% (SM-II), 21,4% (SU-II), 20,3% (SM-I), 16,8% (SU-I), e 15,1% (ST). A eficiência biológica no SU-III com TN=80% foi de 35,1 Mcal EM/kg PV. A melhoria simultânea dos índices reprodutivos e produtivos permitiu reduzir o custo energético por quilo de PV em 42,2% em relação ao ST com TN=50%.