Ciência & Educação (Dec 2022)

Não existe flor hermafrodita: uma investigação das nomenclaturas utilizadas para as estruturas reprodutivas na alternância de gerações de Angiospermas

  • Matheus Ganiko-Dutra,
  • Letícia de Castro Bonadio,
  • Bruno Pazold Caffeu,
  • Fernando Bastos,
  • Ana Maria de Andrade Cadeira

DOI
https://doi.org/10.1590/1516-731320220056
Journal volume & issue
Vol. 28

Abstract

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Resumo A atribuição de nomenclaturas sexuais a plantas ou estruturas da fase esporofítica das angiospermas, como no termo flor hermafrodita, é recorrente no Ensino de Botânica e pode gerar distorções conceituais. Este trabalho buscou identificar a compatibilidade entre as nomenclaturas das estruturas reprodutivas de angiospermas com as fases de vida em livros didáticos de Ensino Superior e em artigos científicos, além de classificá-las de acordo com a possibilidade de promover distorções. Criamos uma lista com as principais nomenclaturas das estruturas reprodutivas de angiospermas e, com base nela, realizamos a análise categorial dos livros e artigos. Os resultados mostram uma ausência de padronização, pois um mesmo livro ou artigo, ora utiliza uma nomenclatura sexual em referência ao esporófito, ora não atribui sexualidade. Portanto, recomendamos a padronização e a unificação dos termos, isto é, a adequação da nomenclatura de uma estrutura com a fase de vida da planta e o uso de um único termo para cada estrutura.

Keywords