Revista Portuguesa de Cardiologia (Jul 2024)

Early versus late cardiac magnetic resonance in the diagnosis of myocardial infarction with non-obstructive coronary arteries

  • Inês Macedo Conde,
  • Mariana Salazar,
  • Vítor Hugo Pereira,
  • Catarina Vieira,
  • Carlos Galvão Braga,
  • Cátia Oliveira

Journal volume & issue
Vol. 43, no. 7
pp. 417 – 425

Abstract

Read online

Introduction and objectives: Myocardial infarction with non-obstructive coronary arteries (MINOCA) is responsible for about 10% of all acute myocardial infarctions (AMI). Therapeutic strategies and prognosis depend on the underlying etiology, and a multimodal approach is essential. The objectives of this study were to characterize the group of patients diagnosed with MINOCA and to valuate the diagnostic yield of cardiovascular magnetic resonance (CMR). Methods: This was a retrospective, observational, and analytical study, including 516 patients admitted for a non-ST-elevation MI and with no significant coronary disease on coronary angiography between January 2016 and September 2021. Results: After the inclusion criteria, 163 patients remained of the 516 admitted to the study. They were divided into four groups based on the CMR results: MINOCA (n=51), Takotsubo syndrome (n=37), myocarditis (n=33), and without diagnosis (n=42). Most patients diagnosed with MINOCA were female with a mean age of 61.06±13.83 years. CMR identified the diagnosis in 74.2% of patients admitted for suspected acute MI, in which coronary angiography showed the absence of significant obstructions. The median time between hospital admission and CMR was significantly shorter in the groups that had a diagnosis compared with the group with no diagnosis (p=0.038), with a significant increase in diagnostic profitability if CMR was performed up to 14 days after admission (p=0.022). There were no deaths of cardiovascular etiology during the follow-up period. Conclusions: CMR was fundamental as it identified the diagnosis in three out of four patients; it should be performed in the first 14 days. Resumo: Introdução e objetivos: O enfarte agudo do miocárdio com artérias coronárias não obstrutivas (MINOCA) é responsável por cerca de 10% de todos os enfartes agudos do miocárdio. As estratégias terapêuticas e o prognóstico dependem da etiologia subjacente, sendo essencial uma abordagem multimodal. Caracterizar um grupo de doentes diagnosticados com MINOCA. Avaliar o rendimento diagnóstico da ressonância magnética cardiovascular (RMC). Métodos: Estudo retrospetivo, observacional e analítico, incluindo 516 doentes admitidos por EAM sem elevação do segmento ST e sem doença coronária significativa na coronariografia, entre janeiro de 2016 e setembro de 2021. Resultados: Após os critérios de inclusão, permaneceram 163 pacientes dos 516 admitidos no estudo, que foram divididos em quatro grupos com base nos resultados da RMC: MINOCA (n = 51), síndrome de Takotsubo (n = 37), miocardite (n = 33) e sem diagnóstico (n = 42). A maioria dos pacientes com diagnóstico de MINOCA era do sexo feminino, com idade média de 61,06 ± 13,83 anos. A RMC identificou o diagnóstico em 74,2% dos doentes admitidos por suspeita de enfarte agudo do miocárdio, nos quais a coronariografia mostrou ausência de obstruções significativas. A mediana do tempo entre a admissão hospitalar e a RMC foi significativamente menor nos grupos que tiveram um diagnóstico comparativamente ao grupo sem diagnóstico (p = 0,038), com um aumento significativo da rentabilidade diagnóstica se a RMC fosse realizada até 14 dias após a admissão (p = 0,022). Não se registaram óbitos de etiologia cardiovascular durante o período de seguimento. Conclusões: A RMC foi fundamental, pois identificou o diagnóstico em três de quatro doentes e deve ser efetuada nos primeiros 14 dias.

Keywords