Hematology, Transfusion and Cell Therapy (Oct 2023)

BUSCA ATIVA IN LOCO NA HEMOVIGILÂNCIA DE REAÇÕES TRANSFUSIONAIS: RELATO DE EXPERIÊNCIA

  • MCB Oliveira,
  • A Leal,
  • EES Lucas

Journal volume & issue
Vol. 45
pp. S860 – S861

Abstract

Read online

Objetivo: Relatar a experiência vivenciada na implantação da busca ativa como instrumento de hemovigilância para notificação compulsória de reações transfusionais em Agências Transfusionais (AT) que compõem o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Estado de Santa Catarina (HEMOSC). Materiais e métodos: Trata-se de um relato de experiência vivenciado por profissionais do serviço hemoterápico frente à implantação da busca ativa como método de hemovigilância para notificação compulsória das reações transfusionais, com vistas a fomentar a identificação e a notificação das reações transfusionais na instituição. Discussão: A partir da aprovação do Regulamento Sanitário pela Anvisa, em que foi estabelecido os requisitos para boas práticas para os serviços de hemoterapia que desenvolvem atividades relacionadas ao ciclo produtivo do sangue e componentes, assim como para serviços de saúde que realizam procedimentos transfusionais foi iniciado uma nova maneira de avaliar os riscos que envolvem todo o ciclo do sangue, pensando na garantia da qualidade dos processos e dos produtos que são fornecidos, assim como a segurança transfusional, minimizando os riscos que envolvem esses processos. No HEMOSC foram adotados protocolos nas AT de Transfusão de Hemocomponentes e Hemoderivados, bem como protocolo de Investigação e Notificação de Reações Transfusionais. A busca ativa in loco das reações transfusionais é de responsabilidade do enfermeiro da AT que realiza o trabalho em conjunto com os setores hospitalares, sendo realizado diariamente por meio de análise de todas as Solicitações de Serviços Hemoterápicos (SSH) que são recebidas no serviço, mapeadas conforme o setor em que o paciente está internado, sendo investigado prontuário por prontuário em busca de sinais de eventos adversos, além de no caso de pacientes adultos ou idosos, conscientes e orientados é realizado os questionamentos para o próprio paciente ou acompanhante e também a equipe assistencial, em caso de pacientes neonatais e pediátricos, assim como em pacientes com rebaixamento do nível de consciência a equipe assistencial é questionada de forma complementar. Ainda, caso ocorra algum evento durante a transfusão este deverá ser registrado em prontuário, com data, hora e condutas tomadas, além de comunicar o serviço de hemoterapia por meio de formulário próprio para fins de registro e investigação da reação transfusional. Essas medidas visam garantir a continuidade da assistência, com registro do histórico transfusional do paciente completo, possibilitando selecionar hemocomponentes compatíveis com suas necessidades individuais. Conclusão: Por meio da busca ativa in loco foi possível observar que as reações transfusionais eram subnotificadas e oportunizou momentos de sensibilização dos profissionais, assim como melhorias para redução destes. Com uso de tecnologias leves foi possível desenvolver ações para aumentar a identificação e aprimoramento do manejo das reações transfusionais, para que estas sejam identificadas precocemente, melhorando a qualidade e segurança transfusional. Tais ações são de extrema importância tanto para o serviço de hemoterapia quanto para as unidades hospitalares, corroborando com a hemovigilância e cuidado constante com o paciente, além de contribuir para melhorias na cadeia transfusional.