Cadernos de Saúde Pública (Jan 2000)

Diagnóstico de amebíase intestinal utilizando métodos coproscópicos e imunológicos em amostra da população da área metropolitana de Belém, Pará, Brasil

  • Póvoa Marinete Marins,
  • Arruda José Eduardo Gomes,
  • Silva Mônica Cristina de Moraes,
  • Bichara Cléa Nazaré Carneiro,
  • Esteves Paulo,
  • Gabbay Yvone Benchimol,
  • Machado Ricardo Luiz Dantas

Journal volume & issue
Vol. 16, no. 3
pp. 843 – 846

Abstract

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O artigo expõe a comparação de métodos de diagnóstico de Entamoeba histolytica em amostra da população de Belém do Pará. Foram analisadas amostras fecais de crianças e adultos (Grupo I), amostras fecais e soros de adultos (Grupo II) e material fecal de crianças (Grupo III). Nos grupos I e III foram empregados os métodos direto com lugol (MD), Faust e cols. (MFF) e ELISA (detecção de coproantígeno anti-GIAP de E. histolytica); no grupo II, MD, hematoxilina férrica (HF), MFF, ELISA e reação de imunofluorescência indireta (RIFI) para detecção de anticorpos IgG. A positividade encontrada foi de 10,50%, empregando (MD + MFF) e de 28,99% pelo ELISA. Não houve correlação entre positividade e grupo etário. No Grupo II (n = 87), a positividade encontrada foi de 4,59% pelos métodos coproscópicos (MD + MFF), 8,04% por HF, 4,59% pela RIFI e 21,83% pelo ELISA. O teste de ELISA foi o mais sensível para todos os grupos. Conclui-se que a RIFI ainda não é ferramenta útil para diagnóstico desta protozoose. O teste de ELISA, de fácil execução, foi feito em 1/3 do tempo usado para HF e RIFI, melhorando a qualidade do diagnóstico. Recomenda-se o ELISA como método de diagnóstico nos caso suspeitos de infecções com E. histolytica.

Keywords