Pesquisa Agropecuária Brasileira (Sep 2011)

Avaliação da sensibilidade da goiabeira 'Pedro Sato' ao ozônio

  • Regina Maria de Moraes,
  • Cláudia Maria Furlan,
  • Sérgio Tadeu Meirelles,
  • Deborah Yara Alves Cursino dos Santos,
  • Silvia Ribeiro de Souza,
  • Sandra Regina de Araújo da Silva Viola,
  • Fernanda Mendes de Rezende,
  • Joyce Marques Barbosa,
  • Robson Lazareti Domingos

DOI
https://doi.org/10.1590/S0100-204X2011000900001
Journal volume & issue
Vol. 46, no. 9
pp. 971 – 978

Abstract

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O objetivo deste trabalho foi avaliar a sensibilidade da goiabeira 'Pedro Sato' ao ozônio (O3), em comparação à cultivar Paluma, descrita como sensível. Oito plantas de cada cultivar foram submetidas separadamente a ar filtrado e a ar filtrado + O3, cinco horas por dia, durante quatro dias. Foram avaliadas fotossíntese (Asat), injúrias foliares visíveis e concentração de antocianinas e taninos. Plantas das duas cultivares também foram expostas, durante três meses, a condições ambientais em local contaminado por O3, tendo-se avaliado fotossíntese, injúrias foliares e crescimento. Plantas fumigadas com O3 apresentaram redução de Asat e da atividade fotoquímica, além de manifestação de injúrias foliares. 'Paluma' apresentou maior redução de Asat, injúrias foliares mais severas e redução de taninos. Quando exposta ao ambiente contaminado, 'Paluma' apresentou trocas gasosas mais altas, mas apresentou redução de Asat 30 dias antes que 'Pedro Sato'. O crescimento não foi afetado em 'Pedro Sato', cujas injúrias foliares tiveram menor incidência, severidade e precocidade do que em 'Paluma'. A menor taxa de crescimento de 'Paluma' indica maior sensibilidade ao O3. Apesar de responder com menor intensidade ao estresse induzido pelo O3, a cultivar Pedro Sato não pode ser considerada tolerante, pois apresenta danos fotoquímicos, injúrias foliares e alterações nos conteúdos de metabólitos secundários quando exposta a esse poluente.

Keywords