Brazilian Journal of Infectious Diseases (Oct 2024)

EP-170 - OBSERVAÇÃO SISTEMÁTICA DE ADESÃO À HIGIENE DAS MÃOS EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO

  • Aline Aparecida Carneiro de Souza,
  • Sayonara Scota,
  • Raquel Keiko de Luca Ito,
  • Regia Damous Fontenele Feijó,
  • Yu Ching Lian,
  • Nilton Jose Fernandes Cavalcante,
  • Aline Santos Ibanes,
  • Caroline Thomaz Panico

Journal volume & issue
Vol. 28
p. 104092

Abstract

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Introdução: As Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) representam grande problema para a segurança do paciente. A higiene das mãos (HM) destaca-se como uma medida simples, de baixo custo e eficaz para prevenção das IRAS. Objetivo: Descrever a adesão dos profissionais da saúde à HM de acordo com os cinco momentos estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e o insumo (água e sabão e álcool gel) mais utilizado. Método: Estudo descritivo, retrospectivo e de abordagem quantitativa em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com 10 leitos em um hospital público de ensino referência em doenças infectocontagiosas do estado de São Paulo de novembro de 2020 a março de 2024. O estudo baseou-se na auditoria por observação direta dos cinco momentos estabelecidos pela OMS para realização da higienização das mãos, de modo a minimizar variações entre os observadores. Resultados: Identificou-se que das 1690 observações, 753 (44,6%) dos profissionais realizaram a HM no momento oportuno. Momentos com maior adesão foram após contato com o paciente (265/417; 63,5%) e após risco de contato com fluídos e secreção (60/119; 50,4%). Os momentos com menor adesão foram antes de procedimentos assépticos (25/152; 16,4%), após contato com áreas próximas ao paciente (197/517; 38,1%) e antes do contato com o paciente (206/485; 42,5%). Das 753 oportunidades de higiene das mãos adequadas, houve utilização de álcool gel em 37,2%. Conclusão: Observou-se que o momento com menor adesão à HM foi antes de procedimento asséptico e os principais insumos utilizados foram água e sabão em detrimento ao álcool gel. Dessa forma, ações de incentivo ao uso do álcool gel devem persistir, especialmente correlacionando ao momento “antes de procedimento asséptico”, considerando os inúmeros benefícios do álcool gel (por exemplo, maior facilidade de uso, menor tempo para ação, possibilidade de disponibilidade à beira do leito do paciente, dentre outros).