Em Teia (Feb 2016)

MANUELS SCOLAIRES ET RESSOURCES NUMERIQUES: VERS DE NOUVELLES CONCEPTUALISATIONS

  • Ghislaine Gueudet,
  • Birgit Pepin,
  • Luc Trouche

DOI
https://doi.org/10.36397/emteia.v6i3.2248
Journal volume & issue
Vol. 6, no. 3

Abstract

Read online

Resumo Em numerosos países os livros didáticos são, em Matemática, recursos centrais para os professores; todavia esses têm sofrido importantes evoluções ligadas ao digital. Nós estudamos estas evoluções e suas consequências em relação ao processo de designer de livros didáticos, pautados em um perspectiva de abordagem documental. Nós propomos de re-conceitualizar a noção de qualidade dos livros didáticos, introduzindo duas dimensões: a conectividade e a coerência dos livros. Nós analisamos dois livros didáticos franceses destinados ao sexto ano do ensino fundamental, um criado por um pequeno grupo de especialistas (Hélice) e outro por uma grande equipe de professores (Sésamath). Nós aplicamos a estes livros nossas proposições teóricas e ilustramos para sua análise (em particular o tema área) o tipo de fenômenos que podemos identificar em termos de instrumentalização e instrumentação; a conectividade, a coerência e a qualidade dos livros. Nós mostramos que o livro produzido pelos especialistas é de uma grande qualidade didática, mas estática, voltada para a instrumentação dos usuários, enquanto que o livro produzido pelo coletivo e professores é de uma qualidade dinâmica, voltada para a instrumentalização. Palavras-Chave: Abordagem documental para didática, coerência de livros didáticos, produção de e livros didáticos, conectividade de e livros didáticos, qualidade de e livros didáticos Abstract In many countries textbooks remain to be the main resources for mathematics teachers. However, textbooks have changed over time, likely due to developments in information technology. In this paper we report on an investigation of how two French mathematics textbooks are conceived by their authors, analysing the effects of different conceptualisations reflected in the books. For the analysis we chose two commonly used French textbooks at grade 6 (topic of “area”): one authored by a small group of experts (Helice); and one by a large group of mathematics teachers (Sesamath). In addition, we drew evidence from interviews with the textbook authors. Using the documentational approach, we analysed the textbooks with respect to quality and their usages (instrumentation-instrumentalisation). In particular, we propose to re-conceptualise the notion of quality of textbooks by introducing two dimensions for analysis: connectivity; and coherence of textbooks. Based on our analysis, we argue that (1) the “expert book” is of “didactic quality”, albeit static and oriented towards an “instrumentation usage”; whereas (2) the “teacher collective book” was of “dynamic quality” oriented towards processes of “instrumentalisation”. Keywords: Documentational approach to didactics, textbook coherence, textbook design, textbook connectivity, textbook quality. Résumé Dans de nombreux pays, les manuels scolaires restent en mathématiques des ressources centrales pour les professeur ; toutefois ils connaissent d’importantes évolutions liées au numérique. Nous étudions ces évolutions et leurs conséquences, en ce qui concerne la conception de manuels, avec une perspective d’approche documentaire. Nous proposons de re-conceptualiser la notion de qualité des manuels, en introduisant deux dimensions : la connectivité et la cohérence des manuels. Nous avons retenu deux manuels français pour la classe de 6e, l’un conçu par un petit groupe d’experts (Hélice) et l’autre par une large équipe de professeurs (Sésamath). Nous appliquons à ces manuels nos propositions théoriques, et illustrons par leur analyse (en retenant en particulier le thème de « l’aire ») le type de phénomènes que l’on peut identifier en termes d’instrumentalisation et d’instrumentation ; de connectivité, de cohérence et de qualité des manuels. Nous montrons que le manuel conçu par des experts est d’une plus grande qualité didactique, mais statique, et tourné vers l’instrumentation pour les utilisateurs, tandis que le manuel conçu par un collectif de professeurs est d’une qualité dynamique et tourné vers l’instrumentalisation. Mots-clés: Approche documentaire du didactique, cohérence des manuels scolaires, conception des manuels scolaires, connectivité des manuels scolaires, qualité des manuels scolaires.