Revista Brasileira de Anestesiologia (Dec 2006)

Analgesia pós-operatória para procedimentos cirúrgicos ortopédicos de quadril e fêmur: comparação entre bloqueio do compartimento do psoas e bloqueio perivascular inguinal Analgesia postoperatoria para procedimientos quirúrgicos ortopédicos de cadera y fémur: comparación entre bloqueo del compartimiento del psoas y bloqueo perivascular inguinal Postoperative analgesia for orthopedic surgeries of the hip and femur: a comparison between psoas compartment and inguinal paravascular blocks

  • Luiz Eduardo Imbelloni,
  • Lúcia Beato,
  • Carolina Beato,
  • José Antônio Cordeiro

DOI
https://doi.org/10.1590/S0034-70942006000600006
Journal volume & issue
Vol. 56, no. 6
pp. 619 – 629

Abstract

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JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Este estudo avaliou a eficácia da injeção única de bupivacaína a 0,25% no compartimento do psoas ou perivascular inguinal por meio do estimulador de nervos periféricos para analgesia pós-operatória em pacientes submetidos a intervenções cirúrgicas ortopédicas. MÉTODO: Cem pacientes receberam bloqueio do plexo lombar através do compartimento do psoas e foram comparados com 100 pacientes que receberam bloqueio do plexo lombar via perivascular inguinal, identificados pelo estimulador de nervos periféricos com a injeção de 40 mL bupivacaína a 0,25% sem epinefrina. A analgesia nos nervos ilioinguinal, genitofemoral, cutâneo femoral lateral, femoral e obturatório foi avaliada 4, 8, 12, 16, 20 e 24 horas após o final da intervenção cirúrgica. A intensidade da dor foi também avaliada no mesmo período. A quantidade de opióides administrada no pós-operatório foi anotada. Em cinco pacientes de cada grupo, estudo radiográfico com contraste não-iônico foi realizado para avaliar a dispersão da solução anestésica. RESULTADOS: Os nervos ilioinguinal, genitofemoral, cutâneo femoral lateral, femoral e obturatório foram bloqueados em 92% dos pacientes no compartimento do psoas versus 62% no bloqueio perivascular inguinal. O bloqueio do plexo lombar reduziu a necessidade de opióides e 42% dos pacientes submetidos ao bloqueio do compartimento do psoas e 36% dos pacientes no bloqueio inguinal não necessitaram de analgésico adicional no pós-operatório. A duração da analgesia foi em torno de 21 horas com bloqueio do compartimento do psoas e 15 horas com bloqueio perivascular inguinal. CONCLUSÕES: O bloqueio do compartimento do psoas e perivascular inguinal é uma excelente técnica para analgesia pós-operatória em intervenções cirúrgicas ortopédicas reduzindo a necessidade de opióides. Este estudo mostrou que a injeção no compartimento do psoas foi mais fácil e mais efetiva no bloqueio dos cinco nervos do plexo lombar.JUSTIFICATIVA Y OBJETIVOS: Este estudio evaluó la eficacia de la inyección única de bupivacaína a 0,25% en el compartimiento del psoas o perivascular inguinal a través del estimulador de nervios periféricos para analgesia postoperatoria en pacientes sometidos a intervenciones quirúrgicas ortopédicas. MÉTODO: Cien pacientes recibieron bloqueo del plexo lumbar a través del compartimiento del psoas y fueron comparados con 100 pacientes que recibieron bloqueo del plexo lumbar vía perivascular inguinal, identificados por el estimulador de nervios periféricos con la inyección de 40 mL bupivacaína a 0,25% sin epinefrina. La analgesia en los nervios ilioinguinal, genitofemoral, cutáneo femoral lateral, femoral y obturatorio fue evaluada a las 4, 8, 12, 16, 20 y 24 horas después del final de la intervención quirúrgica. La intensidad del dolor también fue medida en el mismo período. La cantidad de opioides administrada en el postoperatorio fue anotada. En cinco pacientes de cada grupo, un estudio radiográfico con contraste no iónico se realizó para medir la dispersión de la solución anestésica. RESULTADOS: Los nervios ilioinguinal, genitofemoral, cutáneo femoral lateral, femoral y obturatorio fueron bloqueados en 92% de los pacientes en el compartimiento del psoas versus 62% en el bloqueo perivascular inguinal. El bloqueo del plexo lumbar redujo la necesidad de opioides y 42% de los pacientes sometidos al bloqueo del compartimiento del psoas y 36% de los pacientes en el bloqueo inguinal no necesitaron analgésico adicional en el postoperatorio. La duración de la analgesia fue de aproximadamente 21 horas con el bloqueo del compartimiento del psoas y 15 horas en el bloqueo perivascular inguinal. CONCLUSIONES: El bloqueo del compartimiento del psoas y perivascular inguinal es una excelente técnica para la analgesia postoperatoria en intervenciones quirúrgicas ortopédicas reduciendo la necesidad de opioides. Ese estudio mostró que la inyección en el compartimiento del psoas fue más fácil y más efectiva en el bloqueo de los cinco nervios del plexo lumbar.BACKGROUND AND OBJECTIVES: This study evaluated the efficacy of a single injection of 0.25% bupivacaine in the psoas compartment or inguinal paravascular for postoperative analgesia in patients undergoing orthopedic surgeries using a peripheral nerve stimulator. METHODS: One hundred patients who had a lumbar plexus block through the psoas compartment were compared to 100 patients who had an inguinal paravascular block, using a peripheral nerve stimulator, with 40 mL of 0.25% bupivacaine. The analgesia of the ilioinguinal, genitofemoral, lateral femoral cutaneous, femoral, and obturator nerves was assessed 4, 8, 12, 16, 20, and 24 hours after the end of the surgical procedure. Pain severity was also evaluated in the same period. The amount of opioids administered in the postoperative period was recorded. A radiological study with non-ionic contrast was done in five patients in each group to evaluate the dispersion of the anesthetic. RESULTS: The ilioinguinal, genitofemoral, lateral femoral cutaneous, femoral, and obturator nerves were blocked in 92% of the patients with psoas compartment block versus 62% in those with inguinal paravascular block. Lumbar plexus block reduced the need for opioids, and 42% of the patients who underwent psoas compartment block and 36% of the patients who underwent inguinal paravascular block did not need additional analgesics in the postoperative period. Analgesia lasted for approximately 21 hours in the psoas compartment block and 15 hours in the inguinal paravascular block. CONCLUSIONS: Psoas compartment block and inguinal paravascular block are excellent techniques for postoperative analgesia in orthopedic surgeries, decreasing the need for opioids. This study showed that the injection in the psoas compartment was easier and more effective in blocking the five nerves of the lumbar plexus.

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