Enfoque (May 2022)
Influência do CEO power na probabilidade de sobrevivência das empresas brasileiras de capital aberto da B3
Abstract
Este estudo verificou a influência do CEO Power na probabilidade de sobrevivência das empresas brasileiras no mercado de capitais, considerando o período de 2010 a 2018. A amostra final foi composta por 803 observações de empresas não financeiras ativas na Brasil, Bolsa, Balcão (B3). O método utilizado foi o modelo de Regressão Logística (Logit), o qual utiliza uma variável dependente binária, utilizada nesse estudo para classificar as empresas com maior e menor probabilidade de sobrevivência. O CEO Power (variável de interesse) foi analisado a partir de 4 dimensões do poder, sendo: poder estrutural (Power_Estrut), poder de propriedade (Power_Prop), poder especialista (Power_Esp) e poder de prestígio (Power_Prest). Além dessas foram inseridas variáveis de controle como: tamanho da empresa (Tam), idade do CEO (Ida), alavancagem (Ala), e lucratividade (Lucrat). Os resultados evidenciaram que o Power_Estrut influencia negativamente na probabilidade de sobrevivência das empresas, diminuindo a chance de sobrevivência da empresa em 29,6%, enquanto que para o Power_Prop e Power_Esp, os resultados mostraram que quando o CEO é um dos 5 principais acionistas da empresa ou quando possui formação na área de negócios, a probabilidade de sobrevivência das empresas aumentam em 147,4% e 42,3%, respectivamente. Diante disso, conclui-se que tais resultados são interessantes pois revelam que mesmo em um cenário em que a maioria das empresas possui alta concentração de propriedade (brasileiro), o CEO Power pode ser determinante para a sobrevivência das empresas, ou seja, pode revelar que esses profissionais interferem de alguma forma no desempenho organizacional e na continuidade das firmas.
Keywords