Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício (Dec 2023)

Efeitos da desidratação no desempenho cognitivo dos goleiros de futebol durante uma sessão específica de treinamento

  • Jeremias Freitas Pereira,
  • Rafael Viegas Martins,
  • Natalia Maria Rodrigues Barros,
  • Elane Almeida Silva,
  • Mary Luiza Reis Silva,
  • Daniel Aguiar da Silva,
  • Isabela Weba Couto Rocha,
  • Marcos Roberto Campos de Macêdo,
  • Raphael Furtado Marques

Journal volume & issue
Vol. 17, no. 112
pp. 501 – 510

Abstract

Read online

Objetivo: Avaliar a influência do estado de hidratação sobre o desempenho cognitivo de goleiros profissionais de futebol após uma sessão de treinamento específico. Materiais e Métodos: 8 goleiros foram solicitados a realizar o treinamento específico já habituados a fazer sem que mudassem os hábitos de hidratação. Logo após, foram submetidos a 2 execuções do teste de reação de escolha (TRE). Foram posicionados dentro das balizas de frente para o Ipad que através de estímulos visual indicava para onde iriam movimentar, e ações defensivas deveriam executar. Os atletas tinham água disponível, sem aplicar algum tipo de protocolo de hidratação. A frequência cardíaca e taxa de percepção de esforço também foram avaliadas. Resultados: Os goleiros iniciaram e finalizaram a sessão em uma classificação de desidratação significativa, não apresentando diferença antes e depois (p>0,05). A desidratação não influenciou no tempo de reação dos goleiros. Do ponto de vista da intensidade, a maior parte do tempo de treino os goleiros permaneceram em uma zona de trabalho intenso e muito intenso pela frequência cardíaca de reserva (FCR). Obteve-se uma correlação moderada (r=0,72) entre o tempo de permanência nas zonas intensas de treinamento com um maior tempo de reação e nº de erros, sendo os goleiros que mais permaneceram em zonas intensas tiveram maiores TR médios e nº de erros (p=0,0424). Conclusão: O nível de desidratação parece não influenciar no TR após um treinamento específico. Porém, o tempo de permanência em zonas de treino mais intensas e uma maior PSE parecem influenciar negativamente no TRE.

Keywords