DST (Aug 2024)

Autocoleta vaginal por mulheres vivendo com HIV/AIDS para testagem de HPV-DNA: implantação piloto no Brasil

  • Pamela Gaspar,
  • Hanalydia de Melo Machado,
  • Maria Luiza Bazzo,
  • Aline Scherer,
  • Álvaro Luis Colusso,
  • Ana Gabriela Álvares Travassos,
  • Denise Arakaki-Sanchez,
  • Djane Clarys Baia-da-Silva,
  • Eduardo Campos de Oliveira,
  • Isabella Ribeiro Zago,
  • Marcos de Assis Moura,
  • Marcus Vinicius Guimarães de Lacerda,
  • Simone Murta Martins,
  • Tânia Reuter,
  • Valdir Monteiro Pinto,
  • Waltesia Perini,
  • Gerson Fernando Mendes Pereira,
  • Angélica Espinosa Miranda,
  • Mariângela Freitas da Silveira

DOI
https://doi.org/10.5327/DST-2177-8264-2024361499
Journal volume & issue
Vol. 36

Abstract

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Introdução: Mulheres vivendo com HIV/AIDS possuem maior frequência de neoplasias anogenitais decorrentes da infecção pelo papilomavírus humano (HPV). A Organização Mundial da Saúde recomenda que o rastreio de câncer do colo do útero seja utilizado por testes moleculares que amplificam o material genético viral, como o HPV-DNA. Além da coleta por profissionais da saúde, a autocoleta de amostras vaginais consiste em uma ferramenta útil para ampliação do acesso à testagem. Objetivo: Descrever os resultados do estudo piloto que avaliou a aceitabilidade da autocoleta de amostra vaginal e aplicabilidade da oferta de testes HPV-DNA com autocoleta de amostras vaginais para mulheres vivendo com HIV/AIDS no Brasil. Métodos: Estudo transversal descritivo envolvendo mulheres vivendo com HIV/AIDS atendidas em oito serviços ambulatoriais distribuídos em todas as regiões do país no período de maio/2021 a maio/2022 e um laboratório central. Realizou-se a oferta de autocoleta vaginal e uma entrevista com as participantes sobre dados sociodemográficos e impressões da autocoleta. Resultados: No total, 1.919 mulheres vivendo com HIV/AIDS com média de 45 anos participaram do estudo. Houve detecção de algum tipo de HPV em 66% (1.267) dos casos. A maioria (71,9%) afirmou preferir a autocoleta à coleta de amostras por profissionais da saúde. Apenas 53,8% das participantes realizaram citologia na periodicidade adequada, conforme recomendação do protocolo. Conclusão: Os resultados poderão apoiar a implementação dos testes de biologia molecular para detecção de HPV em mulheres vivendo com HIV/AIDS, incluindo a possibilidade de autocoleta vaginal, promovendo a ampliação do acesso ao rastreamento de câncer do colo do útero. Palavras-chave: Soropositividade para HIV. Papillomavírus humano. Programas de rastreamento. Neoplasias do colo do útero. Serviços de saúde.

Keywords