Ministry of Health, Secretariat of Vigilance in Health and Environment, Department of HIV/AIDS, Tuberculosis, Viral Hepatitis and Sexually Transmitted Infections – Brasília (DF), Brazil.
Universidade Federal de Santa Catarina, Post-Graduate Program in Pharmacy, Laboratory of Molecular Biology, Microbiology and Sorology – Florianópolis (SC), Brazil.
Universidade Federal de Santa Catarina, Post-Graduate Program in Pharmacy, Laboratory of Molecular Biology, Microbiology and Sorology – Florianópolis (SC), Brazil.
Ministry of Health, Secretariat of Vigilance in Health and Environment, Department of HIV/AIDS, Tuberculosis, Viral Hepatitis and Sexually Transmitted Infections – Brasília (DF), Brazil.
Introdução: Mulheres vivendo com HIV/AIDS possuem maior frequência de neoplasias anogenitais decorrentes da infecção pelo papilomavírus humano (HPV). A Organização Mundial da Saúde recomenda que o rastreio de câncer do colo do útero seja utilizado por testes moleculares que amplificam o material genético viral, como o HPV-DNA. Além da coleta por profissionais da saúde, a autocoleta de amostras vaginais consiste em uma ferramenta útil para ampliação do acesso à testagem. Objetivo: Descrever os resultados do estudo piloto que avaliou a aceitabilidade da autocoleta de amostra vaginal e aplicabilidade da oferta de testes HPV-DNA com autocoleta de amostras vaginais para mulheres vivendo com HIV/AIDS no Brasil. Métodos: Estudo transversal descritivo envolvendo mulheres vivendo com HIV/AIDS atendidas em oito serviços ambulatoriais distribuídos em todas as regiões do país no período de maio/2021 a maio/2022 e um laboratório central. Realizou-se a oferta de autocoleta vaginal e uma entrevista com as participantes sobre dados sociodemográficos e impressões da autocoleta. Resultados: No total, 1.919 mulheres vivendo com HIV/AIDS com média de 45 anos participaram do estudo. Houve detecção de algum tipo de HPV em 66% (1.267) dos casos. A maioria (71,9%) afirmou preferir a autocoleta à coleta de amostras por profissionais da saúde. Apenas 53,8% das participantes realizaram citologia na periodicidade adequada, conforme recomendação do protocolo. Conclusão: Os resultados poderão apoiar a implementação dos testes de biologia molecular para detecção de HPV em mulheres vivendo com HIV/AIDS, incluindo a possibilidade de autocoleta vaginal, promovendo a ampliação do acesso ao rastreamento de câncer do colo do útero. Palavras-chave: Soropositividade para HIV. Papillomavírus humano. Programas de rastreamento. Neoplasias do colo do útero. Serviços de saúde.