RevSALUS (Jan 2024)

O papel do enfermeiro na reconciliação terapêutica em contexto hospitalar: uma revisão de scoping

  • Mário Marques,
  • Patrícia Valentim

DOI
https://doi.org/10.51126/revsalus.v5iSupii.671
Journal volume & issue
Vol. 5, no. Supii

Abstract

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Introdução: O envelhecimento demográfico, as comorbilidades e a polimedicação reforçam a importância da implementação da reconciliação terapêutica nas várias transições de cuidados em contexto hospitalar, de forma a promover a segurança dos utentes nas organizações de saúde. A reconciliação da medicação é um processo multidisciplinar e centrado no utente. A responsabilidade deve ser partilhada entre os profissionais de saúde e o utente/cuidador, por forma a alcançar a segurança na administração da medicação (OMS, 2016). Objetivos: Identificar a evidência científica existente sobre o papel dos enfermeiros na reconciliação terapêutica em contexto hospitalar. Material e Métodos: Trata-se de uma revisão de scoping segundo o processo metodológico do Joanna Briggs Institute e que pretendeu responder à questão de pesquisa formulada. A pesquisa foi realizada em agosto de 2023, tendo-se adotado a estratégia de pesquisa em 3 etapas: Uma pesquisa inicial nas bases de dados CINHAL® e MEDLINE®; uma pesquisa mais alargada, utilizando as mesmas palavras-chave e termos de pesquisa nas bases de dados e na ferramenta Google Scholar e por último uma pesquisa nas referências bibliográficas dos artigos selecionados. Os resultados da pesquisa nas bases de dados foram exportados para o Zotero®. Com base na estratégia descrita obteve-se acesso a 425 artigos, foram aplicados os critérios de inclusão e exclusão, tendo sido incluídos 4 artigos para revisão. O Processo de seleção da literatura baseou-se no fluxograma PRISMA. Resultados: A evidência demonstra que a reconciliação terapêutica executada por enfermeiros permite assegurar a administração da medicação permanentemente (Aag et al., 2014). Funções como assegurar, verificar e educar estão associadas ao papel dos enfermeiros na reconciliação terapêutica, assim como funções de verificar a prescrição dos medicamentos na alta e a realização de ensinos aos utentes sobre a administração da mesma (Latimer et al., 2022). Conclusões: Os resultados demonstram o papel crucial dos enfermeiros na reconciliação terapêutica para a segurança dos utentes, principalmente nos momentos de transição de cuidados. Embora, exista referência a uma falta de clareza e concordância sobre qual o papel dos enfermeiros, médicos e farmacêuticos na reconciliação terapêutica.

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