Revista Espaço Acadêmico (Jun 2009)
Os perigos da utopia
Abstract
A utopia pode ter um lado que eleva e um lado sinistro, mas geralmente o lado sinistro acaba destruindo o idealismo inicial. A razão para isto é que os utópicos inevitavelmente adotam uma imagem messiânica do mundo. As três revoluções messiânicas na história—a americana, a francesa e a bolchevique—foram lideradas por homens que pensavem que suas idéias eram universais. Este ensaio examina os escritos do existencialista francês Albert Camus, que argumenta que não existem valores transcendentais, ao mesmo tempo que ele não aceita o niilismo. Camus faz uma distinção entre um rebelde e um revolucionário, e conclui que uma rebelião tentará terminar com uma opressão espedífica, enquanto que uma revolução tentará criar “um novo homem com valores comuns ao mundo inteiro.